1 O boticário Neco Nambiquara,
Depois de anel no dedo e compromisso,
Arrenegou de casa, de serviço,
E viveu de espingarda, chuço e vara.
2 Matava por prazer e era só isso…
O povo já dizia que era tara.
Num domingo, caçando capivara,
Morreu de um tiro errado, atrás de ouriço.
3 Fora do corpo, o Espírito de Neco
Ficou preso na Loca do Marreco,
Sempre escutando a bala que zunia…
4 Depois de muito tempo no buraco,
Reencarnou numa grota de macaco,
Para crescer zelando a bicharia.
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