O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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O Espírito de Cornélio Pires — Cornélio Pires — F. C. Xavier / Waldo Vieira / Elias Barbosa


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(41)

Terras de Nho Quinca n

1 Parecia uma fera de encomenda.
Quando Nhô Quinca dava a sapituca,
O povo no roçado ou na poruca
Chorava que nem cana na moenda.


2 Posseava das terras de contenda,
Tomou terra de Adão, terra de Juca,
As terras de Donana de Minduca…
Ele queria o mundo na fazenda.


3 Vem um velho pedir barro de oca,
Nhô Quinca bate nele na engenhoca
E cai num tacho quente de melado.


4 Morreu na raiva… E o pobre do Nhô Quinca,
Só teve na fazenda da Cainca
Sete palmos de terra no cerrado.




42 Renova-te! Alguém já disse,
E disse com precisão,
Que a rotina é uma empregada
Escravizando o patrão.


43 — “Pão que sobra é contrabando,” —
Falou Maria Correia —
“Pedaço que está faltando
No prato da casa alheia.”


44 Caridade indiscutível
Evitar a tentação;
Se a gente guardasse a porta,
Não haveria ladrão.


45 Provérbio que o povo diz
E a vida atira nos ares:
Serás tanto mais feliz
Quanto menos desejares.


Cornélio Pires


 [1] [NOTA: O soneto que encabeça este capítulo foi reproduzido no Anuário Espírita de 1965.]


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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