1 João da Mata espichou no boqueirão.
Tirava pau no Morro do Esqueleto
Para o serviço novo do coreto,
Caiu, gritou… Morreu de supetão.
2 “Sá” Biluva na Roça do Pilão,
Magrela de paixão que nem graveto,
Vivia de clamar, toda de preto:
— “Quero ver João, meu Deus! Quero ver João!…”
3 O Espírito de João, com dó da viúva,
Veio uma noite e disse: — “Sá” Biluva
Não chore, minha velha! Eu não morri!…”
4 Mas Biluva, assungando a cruz de ferro,
Rebolou no colchão, soltando um berro:
— “Te arrenego, capeta! Sai daqui!…”
|