O Evangelho segundo o Espiritismo — Cap. XXVI — Item 7. n
1 O passe não é unicamente transfusão de energias anímicas. É o equilibrante ideal da mente, apoio eficaz de todos os tratamentos.
2 Desânimo e tristeza, tanto quanto insatisfação e revolta, são síndromes da alma, estabelecendo distonias e favorecendo moléstias do corpo.
3 Se há saúde, esses estados de espírito patrocinam desastres orgânicos; na doença equivalem a fatores predisponentes da desencarnação prematura.
4 Mas não é só isso.
Em todo desequilíbrio mental, as forças negativas entram mais facilmente em ação instalando processos obsessivos de duração indeterminada.
5 Se usamos o antibiótico por substância destinada a frustrar o desenvolvimento de microorganismos no campo físico, por que não adotar o passe por agente capaz de impedir as alucinações depressivas, no campo da alma?
6 Se atendemos à assepsia, no que se refere ao corpo, por que descurar dessa mesma assepsia no que tange ao espírito?
7 A aplicação das forças curativas em magnetismo enquadra-se à efluvioterapia com a mesma importância do emprego providencial de emanações da eletricidade.
8 Espíritas e médiuns espíritas, cultivemos o passe, no veículo da oração, com o respeito que se deve a um dos mais legítimos complementos da terapêutica usual.
9 Certamente os abusos da hipnose, responsáveis por leviandades lamentáveis e por truanices de salão, em nome da ciência, são perturbações novas no mundo, mas o passe, na dignidade da prece, foi sempre auxílio divino às necessidades humanas. Basta lembrar que o Evangelho apresenta Jesus, ao pé dos sofredores, impondo as mãos. ( † )
André Luiz