1 Realmente, a mediunidade, em maior ou menor grau, reside em nós todos — sejamos nós cultivadores da verdade, encarnados ou desencarnados — entretanto, muitos companheiros alistados para a marcha renovadora do progresso espiritual, acusam-se inaptos, na construção do bem, por não possuírem desenvolvimento mediúnico mais amplo.
2 Existem, todavia, vastas fieiras de obrigações a serem cumpridas, fora dos labores medianímicos propriamente considerados.
3 No exame de semelhante assertiva, vejamos algumas de nossas atitudes negativas para que nos seja possível avaliar o acervo imenso de tarefas a que nos cabe atender.
4 Na condição de espíritas, — estejamos ou não atrelados ao carro físico, — muito frequentemente perpetramos erros clamorosos, como sejam:
5 colocar Jesus em nossas palavras e não em nossas vidas;
6 desertar da evangelização;
7 não dar importância à vida espiritual;
8 desdenhar a prece;
9 recusar o estudo;
10 nunca encontrar tempo para as boas obras;
11 não praticar todo o bem de que sejamos capazes;
12 cair na indisciplina, a pretexto de esposar uma doutrina de livre-pensamento e fé raciocinada;
13 deixar de considerar todas as criaturas como sendo criaturas irmãs perante Deus;
14 não partilhar o sofrimento dos semelhantes, embora respeitando-lhes sempre a maneira de vida e o modo de ser;
15 cultivar desafetos;
16 embrenhar-se na autodeterminação, desprezando os preceitos evangélicos que proclamamos respeitar;
17 não assumir responsabilidade, diante do bem de todos, atendendo a temores e preconceitos.
18 Fácil verificar que nem só de mediunidade se alimenta a edificação de Jesus, na Casa Terrestre.
19 Mais que isso, a obra do auxílio e educação para a vitória do Cristo de Deus é inimaginável na grandeza e complexidade com que se apresenta.
20 Não permaneças à margem.
Tomemos posse do nosso privilégio de aprender e servir.
Emmanuel
[1] No título original: “de Cristo” — Vide explicação de Allan Kardec sobre a anteposição do artigo à palavra Cristo.