1 Comumente aqueles que abraçam a Doutrina Espírita, em lhe observando o parque de revelações e ensinamentos, — todos eles alicerçados no Evangelho do Cristo, n — declaram-se mais ou menos incapazes de lhe praticarem as lições.
2 A pretexto de fraquezas e defeitos, muitos se afastam dos encargos em que se iniciam, ao passo que outros muitos nem se animam a começar.
3 Que dizer, porém, da criança que fosse retirada do ensino, sob a desculpa de que ainda está longe da madureza? Do operário afastado da máquina, suposto insipiente?
4 O menino é trazido à escola a fim de aprender, o obreiro é conduzido à oficina para familiarizar-se com ela.
5 Somos igualmente levados à Obra do Cristo n para integrar-nos na edificação do Reino de Deus, a principiar de nós mesmos.
6 Qual acontece no levantamento de grande edifício, há serviço para todos os que se proponham a trabalhar.
7 Não alegues ignorância ou deficiência para fugir da obrigação que nos cabe.
Ninguém adquire qualquer gênero de experiência simplesmente num dia.
8 Tarefa, seja qual for, exige iniciação.
9 Não largues ao amanhã o bem que possas fazer hoje.
10 Relaciona as tuas possibilidades e verifica em que setor conseguirás oferecer o melhor de ti. Em seguida, considera-te engajado na empresa do Senhor, a serviço de teus irmãos.
11 Trabalha e trabalha.
Se o passado te arroja sombra ao coração, esquece a sombra e trabalha por mais luz no próprio caminho.
12 Se alguém te ofendeu e conservas algum detrito de mágoa, olvida a mágoa e trabalha por entesourar mais amor.
13 Incorpora-te à sinfonia de serviço de que se constitui o Universo.
Dos sóis da imensidão às últimas gotas d’água no centro da Terra, tudo o que há de bom e belo nasce e vive do trabalho constante.
Emmanuel
[1] No título original: “de Cristo” — Vide explicação de Allan Kardec sobre a anteposição do artigo à palavra Cristo.