“Qualquer que vos der a beber um copo d’água em meu nome, em verdade vos digo que não perderá o seu galardão”. (Marcos, 9:41)
1 Meu amigo, ninguém te pede a santidade dum dia para outro. Ninguém reclama de tua alma espetáculos de grandeza.
2 Todos sabemos que a jornada humana é inçada de sombras e aflições criadas por nós mesmos.
3 Lembra-te, porém, de que o Céu nos pede solidariedade, compreensão, amor…
4 Planta uma árvore benfeitora, à beira do caminho.
5 Escreve algumas frases amigas que consolem o irmão infortunado.
6 Traça pequenina explicação para a ignorância.
7 Oferece a roupa que se fez inútil agora ao teu corpo ao companheiro necessitado, que segue à retaguarda.
8 Divide, sem alarde, as sobras de teu pão com o faminto.
9 Sorri para os infelizes.
10 Dá uma prece ao agonizante.
11 Acende a luz de um bom pensamento para aquele que te precedeu na longa viagem da morte.
12 Estende o braço à criancinha enferma.
13 Leva um remédio ou uma flor ao doente.
14 Improvisa um pouco de entusiasmo para os que trabalham contigo.
15 Emite uma palavra amorosa e consoladora onde a candeia do bem estiver apagada.
16 Conduze uma xícara de leite ao recém-nascido que o mundo acolheu sem um berço enfeitado.
17 Concede alguns minutos de palestra reconfortante ao colega abatido. O rio é um conjunto de gotas preciosas.
18 A fraternidade é um sol composto de raios divinos, emitidos por nossa capacidade de amar e servir. Quantos raios libertaste hoje do astro vivo que é teu próprio ser imortal?
19 Recorda o Divino mestre que teceu lições inesquecíveis, em torno do vintém de uma viúva pobre, ( † ) de uma semente de mostarda, ( † ) de uma dracma perdida ( † )
20 Faze o bem que puderes. Ninguém espera que apagues sozinho o incêndio da maldade. Dá o teu copo de água fria.
Emmanuel
(Reformador, maio 1960, p. 98)