1 Recorda os sacrifícios dos pioneiros do progresso que te precederam na jornada humana, para que avances na Terra sem a cegueira da ingratidão.
2 Lembra as mãos anônimas que te ergueram o lar, os braços que te embalaram o berço e as vozes amigas que te ensinaram a mover os lábios no idioma do entendimento.
3 Não olvides aqueles que choraram e sofreram, lavrando o solo em que ingeristes a primeira bênção do pão, nem te esqueças de quantos se viram mutilados no trabalho para que o conforto e a higiene te sustentassem o corpo.
4 Não condenes à poeira da indiferença os que se viram supliciados, na humilhação e na angústia, para que tivesses a ordem legal, garantindo-te a segurança, e os que morreram nos cárceres, muitas vezes, caluniados e traídos, para que a liberdade te coroasse a existência.
5 Consagra um altar em memória dos que te legaram os tesouros da educação, a fim de que a luta na Terra seja, para tua alma, valioso caminho para a glória celestial.
6 Usufrutuário do campo em que foste acolhido pela bondade e pela esperança dos que te viram nascer, recolheste a experiência sublime que a luta estendeu e que o sofrimento purificou, reclamando-te também suor e boa vontade para que a vida se faça melhor.
7 Não te percas, assim, nos labirintos da indagação sem proveito, perguntando se a crueldade é hoje maior que ontem no mundo…
8 Cede ao mundo a tua quota de serviço desinteressado e constante, para que o bem prevaleça, iniciando em ti próprio a obra redentora e divina do amor que a tudo abrange, e, em voltando amanhã à grande escola da Terra, encontrá-la-ás mais nobre e mais bela, convertida, com teu esforço, em antecâmara abençoada para a Vida nos Céus.
Emmanuel
[1] Essa mensagem foi publicada originalmente em 1967 no Anuário Espírita pelo IDE e é a 30ª lição do
livro “Chico Xavier e suas mensagens no Anuário Espírita.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.