Recorda os sacrifícios dos pioneiros do progresso que te precederam na jornada humana, para que avances na Terra sem a cegueira da ingratidão.
Lembra as mãos anônimas que te ergueram o lar, os braços que te embalaram o berço e as vozes amigas que te ensinaram a mover os lábios no idioma do entendimento.
Não olvides aqueles que choraram e sofreram, lavrando o solo em que ingeristes a primeira bênção do pão e nem te esqueças de quantos se viram mutilados no trabalho para que o conforto e a higiene te sustentassem o corpo.
Não relegues à indiferença os que se viram supliciados, [na humilhação e na angústia,] para que tivesses a ordem legal, garantindo-te a segurança, e os que morreram nos cárceres, muitas vezes, caluniados e traídos, para que a liberdade te abençoe a existência.
Consagra na memória um altar de reverência para com aqueles que te doaram os tesouros da educação, a fim de que o aprendizado na Terra se te faça, [para tua alma, valioso] caminho para a Espiritualidade Superior.
Usufrutuário do campo em que foste acolhido pela bondade e pela esperança dos que te viram nascer, recolheste deles a experiência [sublime] que o sofrimento lhes outorgou, reclamando-te também suor e boa vontade no mundo, para que a vida no mundo se faça melhor.
Não te percas, [assim,] nos labirintos da indagação sem proveito, perguntando se a crueldade é hoje maior que a de ontem no caminho das criaturas.
Cede à Terra o melhor de ti, no serviço desinteressado e constante para que o bem prevaleça, iniciando na própria alma a obra redentora [e divina] do amor que a tudo abrange, e, em voltando amanhã à grande escola da experiência humana, encontrá-la-ás mais nobre e mais bela, convertida, com a parcela de teu esforço, em antecâmara [abençoada] para a Vida nos Céus.
Emmanuel
[1] Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes] foi publicada originalmente no Anuário Espírita de 1967 pelo IDE e é a 30ª lição do livro “Chico Xavier e suas mensagens no Anuário Espírita.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.