1 Enquanto o aprendiz da sabedoria avança para diante, traçando sendas iluminadas de acesso ao Infinito, o estudante vadio coagula as sombras, ao redor do degrau em que a vida o situa, demorando-se na estagnação da ignorância.
2 Recebe o corpo, por abençoado instrumento de elevação.
3 Através dele, se queres, é possível amealhar os valores da espiritualidade vitoriosa, alcançar a paz íntima, recolher as bênçãos do Céu e refletir a Divina Vontade, enriquecendo-te, cada vez mais, pela extensão crescente de tuas faculdades, no engrandecimento da vida.
4 Busquemos mais luz.
5 Quando o Mestre nos recomendou nos fizéssemos crianças, perante a Lei, ( † ) não se propunha reter-nos na ingenuidade ou na incultura. Buscava criar em nós o estado imprescindível de receptividade, à frente da vida, para reajustarmos os fios do próprio destino sobre as bases divinas da verdadeira sublimação.
6 Homem algum possui consigo recurso bastante para redimir o mundo, mas todos nós guardamos conosco possibilidades suficientes para a regeneração de nós mesmos.
7 Não te esqueças da hora que passa, convocando-te às construções do Espírito. Nosso único patrimônio real é aquele que se constitui de nossas obras.
8 E tudo aquilo que nos rodeia na encarnação terrestre, seja riqueza ou indigência, dor ou felicidade, plenitude ou escassez, no círculo das circunstâncias a que o renascimento nos arroja, não passa de material didático, objetivando a nossa educação ou aprimoramento moral para a vida eterna.
9 Não te descures do tempo — a força aparentemente inerte, susceptível de oferecer-nos os meios necessários para a ação edificante.
10 Com os dias, algo produzimos.
Enquanto o lavrador diligente prepara colheitas de prosperidade e alegria, aquele que cruza os braços, à frente do arado, forma cristalizações de indiferença que induzem à escassez.
Emmanuel
[1] Essa mensagem foi publicada em março de 1985 pela editora GEEM e é a 26ª lição do
livro “Instrumentos do Tempo.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.