“Eu vos digo, porém, amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem.” — Jesus (Mateus, 5.44)
1 Em muitas ocasiões, quem imaginas te haja ferido, não tem disso a mínima ideia, de vez que terá agido sob a ação compulsiva de obsessão ou enfermidade.
2 Se recebeste comprovadamente uma ofensa de alguém, esse alguém terá dilapidado a tranquilidade própria, passando a carregar arrependimento e remorso, em posição de sofrimento que desconheces.
3 Perante os ofensores, dispões da oportunidade de revelar compreensão e proveito, em matéria de aperfeiçoamento espiritual.
4 Aquele, a quem desculpas hoje uma falta cometida contra ti, será talvez, amanhã, o teu melhor defensor, se caíres em falta contra os outros.
5 Diante da desilusão recolhida do comportamento de alguém, coloca-te no lugar desse alguém, observando se conseguirias agir de outra forma, nas mesmas circunstâncias.
6 Capacitemo-nos de que condenar o companheiro que erra é agravar a infelicidade de quem já se vê suficientemente infeliz.
7 Revide de qualquer procedência, mesmo quando se enquiste unicamente na mágoa individual imanifesta, não resolve problema algum.
8 Quem fere o próximo efetivamente não sabe o que faz, porquanto ignora as responsabilidades que assume na lei de causa e efeito.
9 Ressentimento não adianta, de vez que todos somos Espíritos eternos destinados a confraternizar-nos todos, algum dia, à frente da Bondade de Deus.
10 Desculpar ofensas e esquecê-las é livrar-se de perturbação e doença, permanecendo acima de qualquer sombra que se nos enderece na vida, razão por que, em nosso próprio benefício, advertiu-nos Jesus de que se deve perdoar qualquer falta, não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. ( † )
Emmanuel