1. PARTÍCULA ELÉTRICA. — Por anotações ligeiras, em torno da Microfísica, sabemos que toda partícula se desloca, gerando onda característica naturalmente formada pelas vibrações do campo elétrico, relacionadas com o número atômico dos elementos.
2 Em conjugando os processos
termoelétricos e o campo magnético, a Ciência pode medir com exatidão
a carga e a massa dos elétrons, 3
demonstrando que a energia se difunde, através de movimento simultâneo,
em partículas infra-atômicas e pulsações eletromagnéticas correspondentes.
4 Informamo-nos, ainda,
de que a circulação da corrente elétrica num condutor é invariavelmente
seguida do nascimento de calor, 5
formação de um campo magnético ao redor do condutor, 6
produção de luz e ação química.
7 Deve-se o aparecimento do
calor às constantes colisões dos elétrons livres, espontaneamente impelidos
a se moverem ao longo do condutor, associando a velocidade de transferência
ou deslocamento à velocidade própria, no que tange à translação sobre
si mesmos, o que determina a agitação dos átomos e das moléculas, provocando
aquecimento.
8 A constituição de
um campo magnético, ao redor do condutor, é induzida pelo movimento
das correntes corpusculares a criarem forças ondulatórias de imanização.
9 A produção de luz
decorre da corrente elétrica do condutor. 10
E a ação química resulta de circulação da corrente elétrica, através
de determinadas soluções.
2. PARTÍCULA
MENTAL. — Em identidade de circunstâncias, apesar da diversidade
dos processos, toda partícula da corrente mental, nascida das emoções
e desejos recônditos do Espírito, através dos fenômenos íntimos e profundos
da consciência, cuja estrutura ainda não conseguimos abordar, se desloca,
produzindo irradiações eletromagnéticas, 2
cuja frequência varia conforme os estados mentais do emissor, 3
qual acontece na chama, cujos fótons arremessados em todas as direções
são constituídos por grânulos de força cujo poder se revela mais, ou
menos intenso, segundo a frequência da onda em que se expressam.
3. CORRENTE
MENTAL SUB-HUMANA. — Nos reinos inferiores da Natureza, a corrente
mental restringe-se a impulsos de sustentação nos seres de constituição
primária, a começar dos minerais, 2
preponderando nos vegetais e avançando pelo domínio dos animais de formação
mais simples, 3 para
se evidenciar mais complexa nos animais superiores que já conquistaram
bases mais amplas à produção do pensamento contínuo.
4 Em todas as criaturas
sub-humanas, os agentes mentais, na forma de impulsos constantes, são,
desse modo, empregados na manutenção de calor e magnetismo, 5
radiação e atividade química nos processos vitais dos circuitos orgânicos,
6 de maneira a sedimentarem,
pouco a pouco, os alicerces da inteligência, 7
salientando-se que nos animais superiores os impulsos mentais a que
aludimos já se responsabilizam por valioso patrimônio de percepções
avançadas.
4. FUNÇÃO
DOS AGENTES MENTAIS. — Por intermédio dos agentes mentais ou
ondas eletromagnéticas incessantes, 2
temos os fenômenos elétricos da transmissão sináptica ou transmissão
do impulso nervoso de um neurônio a outro, 3
fenômenos esses que podem ser largamente analisados nos gânglios simpáticos
(quais o oftálmico, o estrelado, o cervical superior, o mesentérico
inferior, os lombares), na medula espinhal, após a excitação das fibras
aferentes, nos núcleos motores dos nervos óculo-motor comum e motores
espinhais.
4 Podemos, ainda, verificar
essa ocorrência nos neurônios motores espinhais, valendo-nos de eletródios
intracelulares.
5 Inibindo, controlando,
libertando ou distribuindo a força nervosa 6
ou os potenciais eletromagnéticos acumulados pelos impulsos mentais,
nas províncias celulares, 7
surpreendemos a coordenação dos estímulos diversos, mantenedores do
equilíbrio orgânico, 8
através da ação conduzida dos vários mediadores químicos de que as células
se fazem os fabricantes e distribuidores essenciais.
5. CORRENTE MENTAL HUMANA. — No homem a corrente mental assume feição mais elevada e complexa.
2 No cérebro humano,
gabinete da alma erguida a estágios mais nobres na senda evolutiva,
3 ela não se exprime
tão só à maneira de impulso necessário à sustentação dos circuitos orgânicos,
com base na nutrição e reprodução. 4
É pensamento contínuo, fluxo energético incessante, revestido de poder
criador inimaginável.
5 Nasce das profundezas
da mente, em circunstâncias por agora inacessíveis ao nosso conhecimento,
6 porque, em verdade,
a criatura, pensando, cria sobre a Criação ou Pensamento Concreto do
Criador.
7 E, após nascida,
ei-la — a corrente mental — que se espraia sobre o cosmo celular em
que se manifesta, mantendo a fábrica admirável das unidades orgânicas,
através da inervação visceral e da inervação somática a se constituírem
pelo arco reflexo espinhal, bem como pelos centros e vias de coordenação
superiores.
8 E, assim, percorre o arco
reflexo visceral, vibrando:
1) nas fibras aferentes, cuja tessitura celular permanece nos gânglios das raízes dorsais e dos nervos cranianos correspondentes;
2) nas fibras conectoras mielínicas que se originam na coluna intermédio-lateral;
3) nas fibras motoras originadas nos neurônios ganglionares e que terminam nos efetores ou fibras pós-ganglionares.
9 Acima do nível espinhal,
vibra, ainda:
1) na integração pontobulbar em que se hierarquizam reflexos importantes, como sejam os da pressão arterial;
2) no conjunto talâmico e hipotalâmico, em que se mecanizam os reflexos do Espírito;
3) na composição cortical.
10 A corrente mental,
segundo anotamos, vitaliza, particularmente, todos os centros da alma
11 e, consequentemente,
todos os núcleos endócrinos e junturas plexiformes da usina física,
12 em cuja urdidura
dispõe o Espírito de recursos para os serviços da emissão e recepção,
ou exteriorização dos próprios pensamentos e assimilação dos pensamentos
alheios.
6. CAMPO
DA AURA. — Articulando, ao redor de si mesma, as radiações das
sinergias funcionais das agregações celulares do campo físico ou do
psicossomático, 2 a
alma encarnada ou desencarnada está envolvida na própria aura ou túnica
de forças eletromagnéticas, em cuja tessitura circulam as irradiações
que lhe são peculiares.
3 Evidenciam-se essas
irradiações de maneira condensada, até um ponto determinado de saturação,
4 contendo as essências
e imagens que lhe configuram os desejos no mundo íntimo, em processo
espontâneo de autoexteriorização, 5
ponto esse do qual a sua onda mental se alonga adiante, atuando sobre
todos os que com ela se afinem e recolhendo naturalmente a atuação de
todos os que se lhe revelem simpáticos.
6 E, desse modo, estende
a própria influência 7
que, à feição do campo proposto por Einstein, diminui com a distância
do fulcro consciencial emissor, tornando-se cada vez menor, mas a espraiar-se
no Universo infinito.
André Luiz