1 Compadece-te de quantos se encarceram nas malhas esbraseadas da violência.
2 A fim de prestar-lhes auxílio, lembra-te de cultivar a paz, como quem se decide a socorrer as vítimas de um incêndio, usando compreensão e brandura.
3 Aqueles que largam a órbita da prudência, caindo na agressividade exagerada, entram para logo nos quadros patológicos da loucura. E já não sabem o que fazem.
4 Compadece-te sempre.
5 Por trás das palavras candentes que te magoam, comumente existe um coração avinagrado pela carência de amor, suplicando apoio afetivo.
6 Na retaguarda dessas faces contraídas, semelhantes a máscaras de ódio despejando condenação, muitas vezes se esconde a dor da criatura que se vê sem forças suficientes para suportar a moléstia que carrega no próprio corpo.
7 E movendo as mãos que espancam sem pensar, quase sempre, jazem sofrimentos ocultos ou influências obsessivas que as fazem desvairar.
8 Se te encontras em caminho com semelhantes doentes da alma, abençoa-os com a prece muda e segue adiante.
9 Se te gritam em rosto impropérios e insultos, continua orando por eles, nada repliques e confia-os em pensamento, à Providência Divina. Os agressores são irmãos enfermos, em cuja alma a revolta instalou perigosas tomadas de ligação com as trevas que lhes atormentam a vida.
10 Diante deles, recorda a paz que o Senhor te concede e entrega-os à farmácia do Bem Eterno.
11 Perante quaisquer problemas, o Céu tem soluções que desconhecemos.
12 É por isso que Jesus proclamou no Sermão do Monte: “Bem-aventurados os misericordiosos porque encontrarão misericórdia, diante das Leis de Deus”. ( † )
Meimei
(Grupo Espírita da Prece — Uberaba, MG. 04.09.1978)