1 Nos sublimes impérios deslumbrantes,
Do mistério das zonas subjetivas,
Em transubstanciações definitivas,
Vive a matéria em células radiantes.
2 Expressões fenomênicas, constantes,
Nas eternas ações das forças vivas,
Desde a treva das noites primitivas
Dos eternos princípios inquietantes.
3 Em todos os fenômenos profundos
Dos mecanismos físicos dos mundos
A matéria é a expressão primordial,
4 Dentro do seu aspecto transitório,
Sob a função passiva de envoltório
Das essências do Espírito imortal.
Augusto dos Anjos
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