1 Na agregação da carne e dos helmintos
No complexo atômico que enferma,
O homem é, desde a mônada do esperma,
Rei dos vermes carnívoros famintos;
2 E analisando eternos labirintos,
Na incompreensibilidade do palerma,
O “homo sapiens” do podre blastoderma
Vive a febre danada dos instintos.
3 Homens!… Visões de mônadas divinas,
Encarceradas em cadaverinas,
Num turbilhão de sânie e de matérias…
4 É preferível, entre desconfortos,
Ser a lama terrível dos abortos
Que viver vossas trágicas misérias.
Augusto dos Anjos
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