AO VIAJANTE DA FÉ
1 Vara o trilho espinhoso, estreito e duro,
E embora te magoe o peito aflito,
Torturado na sede do Infinito,
Guarda contigo o amor sublime e puro.
2 Martirizado, exânime e inseguro,
Ninguém perceba a angústia de teu grito.
Sangrem-te os pés nos serros de granito,
Segue, antevendo a glória do futuro.
3 Lembra o Cristo da Luz, grande e sozinho,
E, entre as sarças e as pedras do caminho,
Sobe, olvidando o báratro medonho…
4 Somente sobe ao Céu Ilimitado
Quem traz consigo, exangue e torturado,
O próprio coração na cruz do sonho.
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