Na noite de 27 de janeiro de 1955, finda a laboriosa tarefa de socorro aos irmãos desencarnados em sofrimento, o nosso amigo espiritual André Luiz compareceu e ofertou-nos os interessantes apontamentos para a condução de sessões mediúnicas, que passamos a transcrever.
Amigos, cooperando, de algum modo, em nossas tarefas, registaremos hoje algumas notas, que supomos de real interesse para as nossas sessões mediúnicas habituais.
1.º — Acenda a luz do amor e da oração no próprio Espírito se você deseja ser útil aos sofredores desencarnados.
2.º — Receba a visita do companheiro extraviado nas sombras, nele abraçando com sinceridade um irmão do caminho.
3.º — Não exponha as chagas do comunicante infeliz à curiosidade pública, auxiliando-o em ambiente privado como se você estivesse socorrendo um parente enfermo na intimidade do próprio lar.
4.º — Não condene, nem se encolerize.
5.º — Não critique, nem fira.
6.º — Não fale da morte ao Espírito que a desconhece, clareando-lhe a estrada com paciência, para que ele descubra a realidade por si próprio.
7.º — Converse com precisão e carinho, substituindo as preciosas divagações e os longos discursos pelo sentimento de pura fraternidade.
8.º — Coopere com o doutrinador e com o médium, endereçando-lhes pensamentos e vibrações de auxílio, compreensão e simpatia, sem reclamar deles soluções milagrosas.
9.º — Não olvide, a distância, o equilíbrio, a paz e a alegria, a fim de que o irmão sofredor encontre o equilíbrio, a paz e a alegria em você.
10.º — Não se esqueça de que toda visita espiritual é muito importante, recordando que, no socorro prestado por nós a quem sofre, estamos recebendo da vida o socorro que nos é necessário, a erguer-se em nós por ensinamento valioso, que devemos assimilar, na regeneração ou na elevação de nosso próprio destino.
André Luiz
[No livro impresso esse capítulo continua na lição seguinte.]