Rematando as nossas atividades na reunião da noite de 3 de fevereiro de 1955, nosso grupo recebeu a visita do poeta Benedito Rodrigues de Abreu, n desencarnado no Estado de São Paulo, que recitou um original poema sobre a água.
1 Recordemos as virtudes de Santa Água!…
2 Água da chuva que fertiliza o solo,
3 Água do mar que gera a vida,
4 Água do rio que sustenta a cidade,
5 Água da fonte que mitiga a sede,
6 Água do orvalho que consola a secura,
7 Água da cachoeira que move a turbina,
8 Água do poço que alivia o deserto,
9 Água do banho que garante o equilíbrio,
10 Água do esgoto que assegura a higiene,
11 Água do lago que retrata as constelações,
12 Água que veicula o medicamento,
13 Água que é carícia, leite, seiva e pão, nutrindo o homem e a natureza,
14 Água do suor que alimenta o trabalho,
15 Água das lágrimas que é purificação e glória do Espírito…
16 Santa Água é a filha mais dócil da matéria tangível,
Alongando os braços líquidos para afagar o mundo…
17 Água que lava,
18 Água que fecunda,
19 Água que estende o progresso,
20 Água que corre, simples, como sangue do Globo!…
21 Água que recolhe os eflúvios dos anjos
Em benefício das criaturas…
22 Se a dor vos bate à porta,
Se a aflição vos domina,
Trazei Santa Água ao vaso claro e limpo,
Orando junto dela…
23 E o rocio do Alto,
Em grânulos sutis,
Descerá das estrelas
A exaltar-lhe, sublime,
A beleza e a humildade…
24 E, sorvida por nós,
Santa Água conosco
Será saúde e paz,
Alegria e conforto,
Bálsamo milagroso
De bondade e esperança,
A impelir-nos à frente,
Na viagem divina
Da Terra para o Céu…