“Disse-lhes: — Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes?” — (ATOS, 19.2)
1 A pergunta apostólica vibra ainda em todas as direções, com a maior oportunidade, nos círculos do Cristianismo.
2 Em toda parte, há pessoas que começam a crer e que já creem, nas mais variadas situações.
3 Aqui, alguém aceita aparentemente o Evangelho para ser agradável às relações sociais.
4 Ali, um indagador procura o campo da fé, tentando acertar problemas intelectuais que considera importantes.
5 Além, um enfermo recebe o socorro da caridade e se declara seguidor da Boa Nova, guiando-se pelas impressões de alívio físico.
6 Amanhã, todavia, ressurgem tão insatisfeitos e tão desesperados quanto antes.
7 Nos arraiais do Espiritismo, tais fenômenos são frequentes.
8 Encontramos grande número de companheiros que se afirmam pessoas de fé, por haverem identificado a sobrevivência de algum parente desencarnado, porque se livraram de alguma dor de cabeça ou porque obtiveram solução para certos problemas da luta material; contudo, amanhã prosseguem duvidando de amigos espirituais e de médiuns respeitáveis, acolhem novas enfermidades ou se perdem através de novos labirintos do aprendizado humano.
9 A interrogação de Paulo continua cheia de atualidade.
Que espécie de espírito recebemos no ato de crer na orientação de Jesus? O da fascinação? O da indolência? O da pesquisa inútil? O da reprovação sistemática às experiências dos outros?
10 Se não abrigamos o espírito de santificação que nos melhore e nos renove para o Cristo, a nossa fé representa frágil candeia, suscetível de apagar-se ao primeiro golpe de vento.
Emmanuel