O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Evolução em dois mundos — André Luiz — F. C. Xavier / Waldo Vieira — 1ª Parte


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Evolução e sexo

(Sumário)

1. APARECIMENTO DO SEXO. — Dobadas longas faixas de tempo, em que bactérias e células são experimentadas em reprodução agâmica, eis que determinado grupo apresenta no imo da própria constituição qualidades positivas e negativas que lhe são desfechadas pelos Orientadores Espirituais encarregados do progresso devido ao Planeta.

2 Pressente-se a evolução animal em vésperas de nascer…


2. BACTÉRIA DIFERENCIADA. — De todas as espécies de bactérias já formadas, uma se destaca nos imensos depósitos de água doce sobre o leito pétreo do algonquiano.

2 É diferenciada de quantas se estiram sobre a Crosta Terrestre.

Não tem a característica absolutamente amebóide.

3 Mostra configuração elipsoidal, como se fora microscópico bastonete ou girino, a que não falta leve radícula à feição de cauda.

4 É o leptótrix, que, em miríades de individuações, permanece por milhares de séculos nas rochas antigas, nutrindo-se simplesmente de ferro.

5 Quando se desvencilha da minúscula carapaça ferrosa em que se esconde, é instintivamente obrigado a nadar, até que outra carapaça semelhante o envolva.

Os Instrutores Espirituais valem-se da medida para impulsioná-lo à transformação.

6 Perdendo os diminutos envoltórios metálicos e constrangidas a edificar abrigos idênticos que lhes atendam à necessidade de proteção, 7 essas bactérias, que exprimem figura importante de junção no trabalho evolutivo da Natureza, são compelidas ao movimento, 8 em que não apenas se atraem umas às outras, nos prelúdios iniciais da reprodução sexuada, 9 mas em que conhecem, por acidente, a morte em massa, da qual ressurgem nos mesmos tratos de vida em que se encontram, sob a criteriosa atenção dos Condutores da Terra, 10 para renascerem, após longo tempo de novas experimentações, na forma das algas verdes, inaugurando a comunhão sexual sobre o mundo.


3. AS ALGAS VERDES. — Os biologistas dos últimos tempos costumam perguntar sem resposta se as algas verdes, proprietárias de estrutura particular, descendem das primitivas cianofíceas, de tessitura mais simples, nas quais a ficocianina, associada à clorofila, é o pigmento azulado de sua composição fundamental. 2 O hiato existente, de que dá conta Hugo De Vries, ( † ) ao desenvolver o mutacionismo, foi preenchido pelas atividades dos Servidores da Organogênese Terrestre, que submeteram a família do leptótrix a profundas alterações nos campos do Espírito, transmutando-lhe os indivíduos mais completos, que reapareceram metamorfoseados nas algas referidas, a invadirem luxuriantemente as águas, instalando novo ciclo de progresso e renovação…


4. CONCENTRAÇÕES FLUÍDICO-MAGNÉTICAS. — Ao toque dos Operários Divinos, a matéria elementar fora no princípio transubstanciada em massa astronômica de eletrões e protões, que teceram o largo berço da vida humana em plena Vida Cósmica. 2 E ainda sob a inteligência deles, com a supervisão do Cristo de Deus, semelhantes recursos baseiam a formação dos átomos em elementos, 3 combinam-se os elementos em conjuntos químicos, 4 abrem os conjuntos químicos lugar aos colóides, 5 mesclam-se os colóides em misturas substanciais, oferecendo ao princípio inteligente, oriundo da amplidão celeste, o ninho propício ao desenvolvimento.

6 Eras imensas transcorreram;  7 e esse princípio inteligente, destinado a crescer para a glória da vida, em dois Planos distintos de experiência, 8 quando se mostra ativado em constituição mais complexa, recebe desses mesmos Arquitetos da Sabedoria Divina os dons da reprodução mais complexa nos cromossomas, 9 ou concentrações fluídico-magnéticas especiais, a se retratarem, através do tempo, pela reflexão constante, no campo celular, 10 concentrações essas que, por falta de terminologia adequada no dicionário humano, baratearemos, quanto possível, comparando-as aos moldes fabricados para o serviço de fundição na oficina tipográfica.

11 Os cromossomas, estruturados em grânulos infinitesimais de natureza fisiopsicossomática, partilham do corpo físico pelo núcleo da célula em que se mantêm e do corpo espiritual pelo citoplasma em que se implantam. n

12 E como acontece aos moldes tipográficos, que são formados de linhas para que se lhes expresse o sentido, também eles são constituídos pelos elementos chamados genes, o que lhes dá, tanto quanto ocorre ao alfabeto humano, a característica de imortalidade nas células que se renovam transmitindo às sucessoras as suas particulares disposições, 13 nas mesmas circunstâncias em que, num texto tipográfico, as letras e os moldes podem viver, indefinidamente, no material destrutível e renovável, por intermédio do qual se conservam e se exprimem na memória das gerações.

14 Com o tempo, diferenciam-se os cromossomas nas províncias da evolução, segundo as espécies, como variam as criações do pensamento impresso, de acordo com os moldes tipográficos nas esferas da cultura.

15 Os elementos germinativos são minuciosamente analisados e testados nas plantas, até que sofram transformações essenciais na química das algas verdes, de cuja compleição caminham no rumo de mais amplos desdobramentos.


5. FILTROS DE TRANSFORMISMO. — O princípio inteligente é experimentado de modos múltiplos no laboratório da Natureza, 2 constituindo-se-lhe, pouco a pouco, a organização físico-espiritual, e traçando-se-lhe entre a Terra e o Céu a destinação finalista.

3 Com o amparo dos Trabalhadores Divinos fixa em si mesmo os selos vivos da reprodutividade, que se definem e aperfeiçoam no regaço dos milênios, 4 deixando na retaguarda, como filtros de transformismo, não somente os reinos mineral e vegetal, institutos de recepção e expansão da onda criadora da vida, em seu fluxo incessante, 5 como também certas classes de organismos outros que passariam a coexistir com os elementos em ascensão, qual acontece ainda hoje, quando observamos ao lado da inteligência humana, relativamente aprimorada, plantas e vermes que já existiam no pré-câmbrico inferior.

6 Os tecidos germinais sofrem, por milhares de anos, provas continuadas para que se lhes possa aferir o valor e se lhes apure o adestramento.

7 Formas monstruosas aparecem e desaparecem, desde os anelídeos aos animais de grande porte, por séculos e séculos, até que as espécies conseguissem acomodação nos próprios tipos.

8 Entre as que chegam à luz e as que se fundem nas sombras, traçam-se parentescos profundos.

9 Os cromossomas permanecem imorredouros, através dos centros genésicos de todos os seres, encarnados e desencarnados, 10 plasmando alicerces preciosos aos estudos filogenéticos do futuro. n


6. DESCENDÊNCIA E SELEÇÃO. — É justo lembrar, no entanto, que os trabalhos gradativos da descendência e da seleção, que encontrariam em Lamarck e Darwin expositores dos mais valiosos, operavam-se em dois Planos.

2 As crisálidas de consciência dos reinos inferiores, mergulhadas em campo vibratório diferente pelo fenômeno da morte, 3 justapunham-se às células renascentes que continuavam a servi-las, colhendo elementos de transmutação para a volta à Esfera física, pela reencarnação compulsória, sob a orientação das Inteligências Sublimes que nos sustentam a romagem, 4 circunstância que nos compele a considerar que o transformismo das espécies, como também a constituição de espécies novas, em se ajustando a funções fisiológicas, expansão e herança, baseiam-se no mecanismo e na química do núcleo e do citoplasma, em que as energias fisiopsicossomáticas se reúnem. n


7. GENEALOGIA DO ESPÍRITO. — Os naturalistas situados no chão do mundo, desde os sacerdotes egípcios, que estudavam a origem da vida planetária em conchas fósseis até os mais eminentes biólogos modernos, 2 atreitos à unilateralidade de observação, 3 compreensivelmente não conseguirão suprir as lacunas existentes no quadro da evolução, 4 não obstante Cuvier, com a Anatomia Comparada, ( † ) tenha traçado forma básica sistemática da Paleontologia.

5 Em verdade, porém, para não cairmos nas recapitulações incessantes, em torno de apreciações e conclusões que a ciência do mundo tem repetido à saciedade, acrescentaremos simplesmente que 6 as leis da reprodução animal, orientadas pelos Instrutores Divinos, desde o casulo ferruginoso do leptótrix, 7 através da retração e expansão da energia nas ocorrências do nascimento e morte da forma, 8 recapitulam ainda hoje, na organização de qualquer veículo humano, na fase embriogênica, a evolução filogenética de todo o reino animal, 9 demonstrando que além da ciência que estuda a gênese das formas, há também uma genealogia do Espírito. 10 Com a Supervisão Celeste, o princípio inteligente gastou, desde os vírus e as bactérias das primeiras horas do protoplasma na Terra, mais ou menos quinze milhões de séculos, n a fim de que pudesse, como ser pensante, embora em fase embrionária da razão, lançar as suas primeiras emissões de pensamento contínuo para os Espaços Cósmicos. n


André Luiz


Pedro Leopoldo, 2/2/1958.



[1] Vide item 5, indicador 9.


[2] Vide item 6, indicador 4.


[3] Vide item 4, indicador 11.


[4] 1.500.000.000 — Um bilhão e quinhentos milhões de anos.


[5] Vide capítulo 3 da 1ª parte, item 7, indicador 5.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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