O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

Índice |  Princípio  | Continuar

Dinheiro — Emmanuel


11

Sejamos ricos em Jesus

1 Quem julga pelas aparências, quase sempre esbarra na areia móvel das transformações repentinas a lhe solaparem o edifício das errôneas conclusões.


2 Existem criaturas altamente tituladas nas convenções do mundo, que trazem consigo uma fonte viva de humildade no coração, enquanto que há mendigos, de rosto desfigurado, que carreiam no íntimo a névoa espessa do orgulho a empanar-lhes o entendimento.


3 Há ricos que são maravilhosamente pobres de avareza e encontramos pobres lamentavelmente ricos de sovinice.


4 Somos defrontados, em toda a parte, por grandes almas que se fazem humildes, a serviço do Senhor, na pessoa do próximo, e frequentemente, surpreendemos Espíritos rasteiros envergando túnicas de vaidade e dominação.


5 Jesus, louvando os “pobres de espírito”, ( † ) não tecia encômios à ignorância, à incultura, à insipiência ou à nulidade, e sim exaltava os corações simples que descobrem na vida, em qualquer ângulo da existência, um tesouro de bênçãos, com o qual é possível o enriquecimento efetivo da alma para as alegrias da elevação.


 6 “Pobres de espírito”, na plataforma evangélica, significa tão somente “pobres de fatuidade, de pretensos destaques intelectuais, de supostos cabedais da inteligência.” 7 É necessário nos acautelemos contra a interpretação exagerada do texto, em suas expressões literais, para penetrarmos o verdadeiro sentido da lição.


8 A pobreza e a pequenez não existem na obra divina.
Constituem apenas posições transitórias criadas por nós mesmos, na jornada evolutiva em que aprenderemos, pouco a pouco, sob o patrocínio da luta e da experiência, que tudo é grande no Universo de Deus.


9 Todos os seres, todas as tarefas e todas as cousas são peças preciosas na estruturação da vida.


10 Onde estiveres, faze-te espontâneo para recolher a luz da compreensão.

11 Alijemos os farrapos dourados da ilusão, que nos obscurecem a alma, estabelecendo a necessária receptividade no coração, e entenderemos que todos somos infinitamente ricos de oportunidades de trabalhar e servir, de aprender e aperfeiçoar, infatigavelmente.


12 O ouro será, muitas vezes, difícil provação e os cimos sociais na Terra, quase sempre, são amargos purgatórios para a alma sensível, tanto quanto a carência de recursos materiais é bendita escola de sofrimento, mas a simplicidade e o amor fraterno, brilhando, por dentro de nosso Espírito, em qualquer situação no caminho da vida, são invariavelmente o nosso manancial de alegrias sem fim.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

Abrir