1 Quanto seja possível, ainda mesmo, por alguns raros minutos durante o dia, atende ao culto do estudo nobilitante por simples obrigação. Faze-o, no entanto, com humildade e atenção, para que a indiferença te não encegueça e para que a vaidade se não imiscua em tuas disposições.
2 Distribui alimento e remédio, agasalho e conforto aos que choram desfalecentes na retaguarda, que a caridade é dever primordial a que ninguém pode fugir sem dano imprevisível, todavia, instruindo-te a preço de esforço próprio, ajuda o serviço da educação geral em favor de ti mesmo.
3 Alfabetiza alguém que espera pelo devotamento alheio, a fim de ler com desembaraço e auxilia a escola para que se mantenha por radiante farol a desintegrar o nevoeiro mental que arruína o mundo.
4 Compadece-te do estômago vazio de teu irmão em Humanidade, mas não lhe relegues o coração ao império da sombra.
5 Uma página consoladora, uma frase instrutiva, um opúsculo edificante e uma hora de conversação iluminativa realizam prodígios de felicidade e beleza, alegria e esperança.
6 Lembremo-nos de que, transcorridos quase vinte séculos sobre o Cristo na Manjedoura, ainda hoje, podemos encontrá-lo, palpitante e sublime, no templo do Evangelho em forma de livro.
7 Todos os grandes orientadores da Terra estão vivos no caminho comum, através do ensinamento que nos legaram.
8 Reverenciemos, desse modo, os livros nobilitantes que nos tragam à mente os reflexos da vida superior, a fim de que a nossa vocação para o bem não se perca no labirinto dos caprichos particulares.
9 A caridade levanta.
10 A educação ilumina.
11 O culto do estudo é força da ascensão espiritual, colocando-nos em sintonia com os Planos superiores, para que nos discipline o trabalho e se nos avive o discernimento.
12 Por esta razão, nos primórdios da Codificação Kardequiana, o Espírito da Verdade exortou-nos convincente:
— “Espíritas, amai-vos! — eis o primeiro ensino. Instrui-vos! eis o segundo.” ( † )
13 E foi talvez por isso que se o Senhor nos disse: — “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” ( † ) — advertiu-nos igualmente “Brilhe na terra a vossa luz.” ( † )
Emmanuel
[1] [Essa mensagem e as três anteriores foram psicografadas] pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião pública da noite de 24 de dezembro de 1958, no “Centro Espírita Luz e Caridade”, na cidade de Monte Carmelo — Minas Gerais.