O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Chico Xavier, dos hippies aos problemas do mundo — Entrevistas — Emmanuel


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Espaço e efluviografia

 1. — FREITAS NOBRE — Os cientistas da NASA estudaram recentemente, este ano, dois meteoritos e, nestes dois meteoritos, apuraram que 6 dos 18 aminoácidos do mesmo tipo dos encontrados nas células vivas, aqui, no nosso mundo terráqueo, estavam presentes nesses meteoritos. Ora, que forma, admitindo-se a existência de vida em outros planetas, que forma poderiam ter os habitantes, os seres vivos desses planetas? Podem os amigos espirituais responder através de Chico Xavier essas indagações que são de tantos e tantos telespectadores?

CHICO XAVIER — A pergunta de S. Exª, o nosso caro deputado federal Dr. Freitas Nobre, é uma indagação muitíssimo atual. Dentro das minhas pequenas possibilidades mediúnicas, tenho visto criaturas humanas desencarnadas, carregando fenômenos semelhantes àqueles que presidem a vida em nosso corpo físico. Allan Kardec, em determinado tópico de “O Livro dos Médiuns”, fala sobre a diversidade de forma em outros planetas. E Emmanuel, no livro “O Consolador”, respondendo a uma pergunta nesse sentido, há 32 anos, afirmou que não podemos esperar de outros planetas formas físicas absolutamente iguais às do nosso mundo terrestre. Mas, estamos numa época de indagações oportunas, de maravilhosas pesquisas do gênero humano, das quais o nosso Camille Flamarion, na França, foi um grande e inesquecível pioneiro. Esperemos que a ciência se pronuncie e que nós possamos, do ponto de vista espiritual, pesquisar, de nossa parte, e estudar, tanto quanto possível, as ocorrências da sobrevivência humana para lá da morte física, com os resultados, as consequências da vida que tenhamos empreendido neste mundo.


 2. — DR. ERNANI — Na União Soviética, os parapsicólogos estão desenvolvendo intensamente a técnica da efluviografia, que foi descoberta pelo casal Semion e Valentina Kerlian. Refinados métodos usados pelos investigadores soviéticos permitiram a obtenção de fotografias da aura dos seres vivos. Os espantosos resultados obtidos, através desta técnica, levaram os cientistas soviéticos a admitirem a existência real de um corpo fluídico intimamente relacionado com o soma físico. Deram a esse duplo somático o nome de corpo bioplásmico. Consulto a você, Chico, acerca das relações existentes entre tais descobertas e as afirmações da doutrina espírita, concernentes ao corpo espiritual ou perispírito.

CHICO XAVIER — Uma questão muito importante. Num dos últimos números de um jornal de Londres, o nosso amigo espiritualista da Inglaterra, Dr. Maurice Barbanel, apresentou fotografias muito expressivas do fenômeno que vem sendo estudado por nossos irmãos no norte da Europa. Esperamos que, com o amparo da Divina Providência, através dos grandes beneméritos da humanidade, os cientistas desencarnados, estudiosos que continuam interessados no auxílio ao gênero humano, possam amparar, inspirar à nossa ciência na positivação da existência do corpo espiritual, como modelador do nosso corpo físico, até porque, só pela existência dele, do mediador da vida, que é o perispírito, o corpo espiritual, enunciado por nosso caro amigo Dr. Ernani Guimarães, como sendo o corpo bioplásmico. Só por intermédio do corpo espiritual poderemos compreender ocorrências orgânicas como sejam a produção da adrenalina, através da medular, da supra-renal. Com a distribuição no mundo orgânico pelo simpático, poderíamos compreender a produção da acetilcolina no para-simpático. Ambos, acetilcolina e adrenalina, a se frenarem um ao outro para equilíbrio da nossa vida física e o padrão de robustez e de equilíbrio desejáveis. Só pelo corpo espiritual poderemos compreender a existência da bradicilina no mecanismo da dor e tantos fenômenos neste mundo prodigioso, que é o nosso próprio cérebro, cabina maravilhosa, dentro da qual, ou por intermédio da qual, a nossa mente pode viver e se manifestar. Alguns cientistas disseram que a mente não tem existência sem a organização física, mas estamos absolutamente certos de que, sem a mente, não temos a existência na organização física, e que a mente não depende da organização física para se manifestar em seu pleno equilíbrio, porque, cessadas certas possibilidades do cérebro, é natural que a mente esteja na condição do artista que encontrou um violino desafinado ou sem cordas ou apenas com algumas cordas na execução de uma partitura, em determinado concerto.


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