O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Correio fraterno — Autores diversos


13

O tempo

1 Todas as criaturas gozam o tempo — raras aproveitam-no.

2 Corre a oportunidade — espalhando bênçãos.

3 Arrasta-se o homem — estragando as dádivas recebidas.

4 Cada dia é um país — de vinte e quatro províncias.

5 Cada hora é uma província — de sessenta unidades.

6 O homem, contudo, é o semeador — que não despertou ainda.

7 Distraído cultivador — pergunta: “que farei?”

8 E o tempo silencioso responde — com ensejos benditos:

9 De servir — ganhando autoridade.

10 De obedecer — conquistando o mundo.

11 De lutar — escalando os céus.

12 O homem, todavia — voluntariamente cego, n

13 Roga sempre mais tempo — para zombar da vida,

14 Porque, se obedece — revolta-se, orgulhoso,

15 Se sofre — injuria e blasfema,

16 Se chamado a contas — lavra reclamações descabidas.

17 Cientistas — fogem da verdadeira ciência.

18 Filósofos — ausentam-se dos próprios ensinos.

19 Religiosos — negam a religião.

20 Administradores — retiram-se da responsabilidade.

21 Médicos — subtraem-se à Medicina.

22 Literatos — furtam-se à divina verdade.

23 Estadistas — centralizam a dominação.

24 Servidores do povo — buscam interesses privados.

25 Lavradores — abandonam a terra.

26 Trabalhadores — escapam do serviço.

27 Gozadores temporários — entronizam ilusões.

28 Ao invés de suar no trabalho — apanham borboletas da fantasia.

29 Desfrutam a existência — assassinando-a em si próprios.

30 Possuem os bens da Terra — acabando possuídos.

31 Reclamam liberdade — submetendo-se à escravidão.


32 Mas chega um dia — porque há sempre um dia mais claro que os outros,

Em que a morte — surge — reclamando trapos velhos…

33 O tempo recolhe, então — apressado — as oportunidades que pareciam sem-fim…

34 E o homem reconhece — tardiamente preocupado —

Que a Eternidade Infinita — pede contas do minuto.


André Luiz



[1] No original, os indicadores 12 e 13 formam um só parágrafo: “O homem, todavia, — voluntariamente cego, roga sempre mais tempo — para zombar da vida,”


Essa mensagem foi publicada originalmente em 1945 pela FEESP e é a 34ª lição do livro “Coletânea do Além


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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