O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Assuntos da vida e da morte — Familiares diversos


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Domingos Donizetti Zornetta (Zetti)

13.05.1956, São Carlos, SP. — 14.08.1983, Tucuruí, PA.

Zetti sempre demonstrou muita responsabilidade para com a família. Primogênito, cedo entendeu que a vida exigia muito trabalho e dedicação, respeito e amor para com seus semelhantes.

Assim procedeu…

No trabalho, propriamente dito, iniciou-se aos 13 anos, e, paralelamente, foi se solidificando nos estudos.

No círculo familiar, formado pelo pai, Abílio Zornetta, desencarnado em 24.06.1978, a genitora, D. Lourdes Formenton, e os irmãos Dimas e Demevaldo (Valdo), encontrava a razão das responsabilidades que pressentia.

Como supervisor de segurança do trabalho, partiu em novembro de 1982 para Tucuruí, onde desencarnou em 14 de agosto de 1983.

Zetti enviou várias mensagens pela psicografia de Chico Xavier. Apresentamos uma delas, onde podemos observar a sua privilegiada condição espiritual.


MENSAGEM


1 Querida mãe Lourdes, abençoe-nos.

2 Aqui está o que o nosso Dimas n foi capaz de escrever. O tio Luiz e eu trouxemo-lo à sua presença para que ele se manifestasse. 3 Entretanto, ainda não consegue enxergar-nos. O projétil como que arrasou transitoriamente o crânio do irmão que, aos poucos, se recuperara.

4 Mãe querida, os espinhos dão rosas e as pedras conservam o ouro no chão. Recebamos as nossas provações do sentimento voltados para Jesus.   5 Sei o que a sua sensibilidade tem sofrido nestes meses últimos. O nosso Dimas pediu-lhe perdão pelo ato impensado e eu lhe peço perdão por haver partido de forma estranha, nas águas pesadas do Tocantins.

6 Os amigos convidaram-me para alguns momentos de distração em Tucuruí e não hesitei no mergulho, no qual o coração parou de repente.   7 Quando alcancei o fundo das águas não tive forças para retornar; via-me atordoado, fora de mim mesmo, a refletir em sua aflição, tão longe de mim, quando alguém me ofereceu as mãos amigas e me falou em descanso.

8 Era o tio Luiz a despertar-me para a realidade.   9 Achava-me fatigado, tão fatigado que me entreguei a ele, sem conhecê-lo, como me entregaria a qualquer outro benfeitor que me estendesse auxílio. 10 Dormi naqueles ombros fortes que me recordavam o tempo de criança, quando em companhia de meu pai Abílio.

11 Mãe, não desanime. Aí estão o nosso Valdo e nossos amigos. A sua família, que é a nossa, é muito maior do que julgávamos. 12 A senhora continua sendo a minha estrela. Para onde me volte nos caminhos da vida nova, eis-me a contemplá-la, indicando-me as melhores estradas a percorrer.

13 Agradeça, mãe querida, aos companheiros da Hidrelétrica o que fizeram por mim. Sou devedor de todos.

14 Peço-lhe: não chore mais, com tanto sentimento de solidão. Estamos juntos. 15 O seu coração palpita em meu peito e o meu, como sempre sucede, vive dentro de sua alma, a cujo amor tudo devo em esperança e consolação.   16 Em seus momentos de prece, recorde-me com a minha fisionomia alegre de filho feliz. Quero que se sinta comigo, de modo permanente.

17 A nossa irmãzinha Sandra vai seguindo muito bem e espero que ela possa trazer notícias à nossa irmã pelo coração, dona Maria. n

18 Valdo, meu caro irmão, receba o meu abraço e represente-nos junto da mamãe que nos enriquece de amor.

19 Querida mãe Lourdes, agora devo acompanhar o tio Luiz no retorno ao recanto de tratamento, onde o nosso Dimas se encontra, presentemente.

20 Receba por isso, querida mãe Lourdes, a própria vida de seu filho, em sinal do carinho e da saudade que carrego incessantemente, de modo a me sentir sempre e mais seu. E conquanto a minha desvalia, guarde consigo tudo de bom e belo que lhe desejo e ainda não possuo para lhe dar.

21 Muitos beijos do seu filho do coração, sempre o seu


Zetti

Domingos Donizetti Zornetta

07.09.1984.    


ELUCIDAÇÕES


1) Dimas Luiz Zornetta — Irmão de Zetti, desencarnado em 08.01.1984. Refere-se a mensagem enviada através da psicografia de Chico Xavier. Ver capítulo anterior.


2) Sandra Marilda Catoia Ordonho — Amiga de infância, desencarnada em 20.09.1970.

Maria Aparecida Catoia Ordonho — Mãe de Sandra Marilda.


Paulo de Tarso Ramacciotti


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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