O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Alma e Luz — Emmanuel


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Mortos n

1 Há sempre numerosos mortos em nossa luta de cada dia, convocando-nos à prece da diligência e da bondade.

2 Mortos que jazem muito mais impassíveis que os outros — aqueles que, por vezes, julgais sentenciados à cinza e à separação.

  3 Há usurários, inermes, em túmulos de ouro.

  4 Há dominadores da carne, encerrados em sarcófagos imponentes de orgulho falaz.

  5 Há juízes inumados em covas de lama.

  6 Há legisladores mumificados em terríveis enganos da alma.

  7 Há sacerdotes enterrados em brilhantes mausoléus de simonia e administradores encarcerados em urnas infernais de inconfessáveis compromissos.

  8 Há jovens mortos no vício e velhos amortalhados no frio do desencanto.

  9 Há sábios enrijecidos no gelo da indiferença e heróis cristalizados em ataúdes de medalhas faiscantes.

  10 Há criaturas impulsivas em sepulturas de espinhos e mentes preguiçosas em sepulcros de miséria.


11 Se proclamardes a verdade para essas almas cadaverizadas no esquecimento da Lei divina, decerto responder-vos-ão com a inércia, com a ironia, com a imobilidade e com a negação.

12 Para semelhantes retardados de espírito pronunciou o Senhor as inesquecíveis palavras: — “Deixemos aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos”. ( † )

13 Procuremos, pois, a vida, descerrando nosso coração ao trabalho constante do Bem infinito, porque, em verdade, só aquele que aprende e ama sempre, renovando-se sem cessar para a Luz, consegue superar os níveis inferiores da treva, subindo, vitorioso, ao encontro da vida imperecível, com eterna libertação.


Emmanuel



(Brasil espírita, dezembro 1956, p. 3)

[1] Essa mensagem foi publicada em dezembro de 1956 na revista Brasil espírita e é a 65ª lição do 3º volume do livro “O Evangelho por Emmanuel” da FEB. — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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