“… que Deus o conserve…”
Apesar de conhecer Chico pela Televisão, fui levada a Uberaba pela Sra. Yolanda Cezar, a quem fui apresentada. Lá chegando, com a maior facilidade falei ao Chico do meu desespero e minha dor.
Isso foi numa 5ª feira e, no sábado, por intermédio do Dr. Bezerra de Menezes, veio um recado que me satisfez e tive certeza, pelas referências a meus filhos Júnior e Sílvia Maria.
O tratamento de Sílvia Maria só era dado pelo meu marido e os demais da família a chamavam de Sílvia. Voltei algumas vezes mais, porém, procurava não tomar muito tempo do Chico. Conversava pouco, dando oportunidade a outras pessoas, na ocasião mais necessitadas.
Um ano depois, recebo as palavras de meu marido, através da psicografia do Chico.
Logo nas primeiras linhas identificou-se, pois meu marido, português, e no andamento de nossa vida, ao dirigir-me a palavra tratava-me por “tu”, naquele modo bem português mesmo. Chico não conhecia e nada sabia.
Uma particularidade, o nome da minha filha Nilda na mensagem estava escrito “Nilza”, mas não comentei com ninguém. Na despedida, isso na madrugada de domingo, o nosso Chico me disse: “Estive com o Sr. Abreu à tarde e ele falou-me: Chico, escrevi o nome da minha filha errado e você nem me ajudou”; então, pediu-me que fizesse a gentileza de corrigir o original. Isto me comoveu muito, mas não fugi ao equilíbrio.
No dia em que recebi esse presente do Céu, estava com meu filho. Chorava e ria ao mesmo tempo. Minha alegria transbordava, não sabendo se minhas lágrimas eram de saudade ou de felicidade.
Quando comento e mostro a mensagem para aqueles que nos conhecem bem e que frequentam nosso lar, eles dizem que parecem estar conversando com meu marido de tão autêntica que é. Conceito de pessoas que não têm o menor interesse em bajular ou confortar-me.
Há outras que me perguntam se ela foi corrigida, por estar uma perfeição.
No original só alterei o nome da minha filha, com autorização do Abreu e Chico.
Durante o período que meu marido esteve doente, muitos amigos que frequentavam nossa casa, naturalmente de diversas religiões, faziam sempre suas orações para nos consolar.
Um pessoal espírita, todas as semanas lia o Evangelho em casa e ao mesmo tempo nos dava passes, que auxiliaram muito no desenlace do meu marido. Era muito apegado à vida.
Todas as vezes que há oportunidade vou a Uberaba. Sempre trago em meu coração palavras de muito conforto, de muita paz. E, em algumas vezes, recados do Abreu confortando-nos, principalmente a meu filho Júnior e minha filha Sílvia.
Apesar de sofrer muitas saudades do meu marido, procuro aplicar tudo que aprendi e recebi das palavras consoladoras e esclarecedoras de Francisco Cândido Xavier.
Aprendi também a aproximar-me de Deus, pois nunca tive a consciência de agradecer a Deus por aquilo que estávamos recebendo.
Apesar dos percalços da vida, posso dizer com segurança: antes do Abreu desencarnar tínhamos uma vida relativamente tranquila, uma vida financeira relativamente boa, pois é nessas particularidades que digo nunca ter lembrado de erguer meus olhos a Deus em agradecimento.
Minha vivência é muito pequena ainda em Uberaba, mas mesmo assim, quando me deparo com Chico sinto uma tranquilidade muito grande e, não sei porque, uma forte vontade de chorar. Sinceramente não posso explicar essa minha emoção.
A respeito, pouco comentário faço com minha família, a não ser com meus filhos. Entre estes, Júnior é o que nutre mais admiração, pois o Chico comentou assuntos que ele havia conversado com o pai em absoluto sigilo. Não podia entender como ele pudesse ter conhecimento de todos aqueles pormenores.
Hoje, pelo conforto, pelo equilíbrio maior que pudemos adquirir no meio de minha família, só tenho uma coisa a dizer:
Chico, que Deus o conserve em nosso convívio o maior tempo que puder dispô-lo na Terra, para termos o prazer e a felicidade de saber e nunca esquecer que o amor ao nosso semelhante pode ser cultivado como você bem nos demonstra.
Laura Moreira de Abreu