1. — Lemos no Siècle de 11 de julho de 1869:
Os quinhentos anos de João Huss.
“Recentemente os jornais da Boêmia † publicaram o seguinte apelo:
“Neste ano se comemora o 500º aniversário de nascimento do grande reformador, do patriota e do sábio mestre João Huss. Esta data impõe, sobretudo ao povo boêmio, o dever de rememorar solenemente a época em que surgiu, em seu seio, o homem que tomara como objetivo de vida defender a liberdade de pensamento. Foi por esta ideia que ele viveu e sofreu; foi por esta ideia que ele morreu.
“Seu nascimento fez luzir a aurora da liberdade no horizonte do nosso país; suas obras espargiram a luz no mundo e, por sua morte na fogueira, a verdade recebeu o seu batismo de fogo!
“Estamos convictos de que temos não só as simpatias dos boêmios e dos eslavos, mas ainda a dos povos esclarecidos, e os convidamos a festejar a lembrança deste grande espírito, que teve a coragem de sustentar sua convicção diante de um mundo escravo dos preconceitos e que, ao eletrizar o povo boêmio, o tornou capaz de uma luta heróica que ficará gravada na História.
“Os séculos se escoaram; o progresso se realizou, as centelhas produziram chamas; a verdade penetrou milhões de corações. A luta continua, a nação pela qual o mártir imortal se sacrificou ainda não deixou o campo de batalha sobre o qual o havia chamado a palavra do mestre.
“Conjuramos todos os admiradores de João Huss a se reunirem em Praga, † a fim de colherem, na lembrança dos sofrimentos do grande mártir, novas forças por meio de novos esforços.
“Será em Praga, no dia 4 de setembro próximo, e no dia 6, em Husinec, † onde ele nasceu, que celebraremos a memória de João Huss.
“Nesses dias todos os patriotas virão atestar que a nação boêmia ainda honra o heroico campeão de seus direitos, e que jamais esquecerá o herói que a elevou à altura das ideias que são ainda o farol para o qual marcha a Humanidade!
“Nosso apelo também se dirige a todos os que, fora da Boêmia, amam a verdade e honram os que morreram por ela. Que venham a nós, e que todas as nações civilizadas se unam para, conosco, aclamarem o nome imperecível de João Huss!
“O presidente do comitê.”
Dr. Sladkomsky
“Seguem-se trinta assinaturas de membros do comitê, advogados, literatos, industriais.
“O apelo dos patriotas boêmios não poderia deixar de suscitar viva simpatia entre os amigos da liberdade.
“Um jornal de Praga tivera a desastrada ideia de propor uma petição ao futuro concílio para pedir a revisão do processo de João Huss. O jornal Norodni Listy refutou com vigor esta estranha proposição, dizendo que a revisão se efetuara perante o tribunal da civilização e da História, que julga os papas e os concílios.
“A nação boêmia, acrescenta o Norodni, perseguiu esta revisão com a espada na mão, em cem batalhas, no dia seguinte mesmo da morte de João Huss.”
“A folha Tcheca tem razão: João Huss não precisa ser reabilitado, assim como Joana d’Arc não precisa ser canonizada pelos sucessores dos bispos e doutores que os queimaram.”
2. — Por nosso lado, vimos juntar às homenagens prestadas à memória de João Huss o nosso testemunho de simpatia e de respeito pelos princípios de liberdade religiosa, de tolerância e de solidariedade que ele popularizou em vida. Esse espírito eminente, esse inovador convicto, tem direito à primeira fila entre os precursores da nossa consoladora filosofia. Como tantos outros, tinha a sua missão providencial, que realizou até o martírio, e sua morte, como sua vida, foi um dos mais eloquentes protestos contra a crença num Deus mesquinho e cruel, bem como aos ensinos rotineiros, que deviam ceder ante o despertar do espírito humano e o exame aprofundado das leis naturais.
Como todos os inovadores, João Huss foi incompreendido e perseguido; ele vinha corrigir abusos, modificar crenças que não mais podiam satisfazer às aspirações de sua época. Necessariamente devia ter como adversários todos os interessados em conservar a antiga ordem das coisas. Como Wyclif, como Jacobel [Jacobel de Mysa, clérigo da Igreja Católica] e Jerônimo de Praga, sucumbiu sob os esforços de seus inimigos coligados; mas as verdades que havia ensinado, fecundadas pela perseguição, serviram de base às novidades filosóficas dos tempos ulteriores e provocaram a era de renovação que devia dar origem à liberdade de consciência e à liberdade de pensar em matéria de fé.
Não duvidamos que João Huss, como Espírito ou como encarnado, caso tenha voltado à nossa Terra como homem, haja se consagrado constantemente ao desenvolvimento e à propagação de suas crenças sobre o futuro filosófico da Humanidade.
Estamos autorizados a pensar que o apelo do povo boêmio será ouvido por todos os que apreciam e veneram os defensores da verdade. Os grandes filósofos não têm pátria. Se, pelo nascimento, pertencem a uma nacionalidade particular, por suas obras são os luminares da Humanidade inteira que, sob o seu impulso, marcha para a conquista do futuro.
Persuadidos de satisfazer ao desejo da maioria dos nossos leitores, cumprimos o dever de dar a conhecer, por uma breve nota, o que foi em toda a sua vida o homem eminente cujo 500º aniversário a Boêmia celebrará no próximo dia 4 de setembro:
João Huss nasceu a 6 de julho de 1373 sob o reinado do imperador Carlos IV e sob o pontificado de Gregório XI, cerca de cinco anos antes do grande cisma do Ocidente, que se pode encarar como uma das sementes do hussitismo. † A História nada nos ensina do pai e da mãe de João Huss, senão que eram criaturas probas, mas de origem obscura. Segundo o costume da Idade Média, João Huss, ou melhor, João de Huss, foi assim chamado porque nasceu em Husinec, † pequeno burgo situado ao sul da Boêmia, no distrito de Prachen, † nas fronteiras da Baviera. †
Seus pais tiveram o maior cuidado com sua educação. Tendo perdido o pai na infância, sua mãe lhe ensinou os primeiros elementos de gramática em Hussinecz, onde havia uma escola. Depois o levou a Prachen, cidade do mesmo distrito, onde havia um colégio ilustre. Logo fez grandes progressos nas letras e atraiu a amizade dos mestres por sua modéstia e docilidade, conforme testemunho que a Universidade de Praga lhe prestou após sua morte. Quando estava bastante adiantado para ir a Praga, sua própria mãe o conduziu. Contam que esta pobre mulher, cheia de zelo pela educação do filho, levava consigo um ganso e um bolo, para presenteá-los ao seu regente. n Mas, infelizmente, o ganso fugiu no caminho, de sorte que, para seu grande pesar, ela não tinha senão o bolo para dar de presente ao mestre. Magoada profundamente por este pequeno incidente, orou várias vezes, pedindo a Deus que se dignasse ser o pai e o preceptor de seu filho.
Quando ele adquiriu em Praga sólidos conhecimentos em literatura, os professores, nele notando muita inteligência e vivacidade de espírito, bem como uma grande atividade pela Ciência, julgaram por bem matriculá-lo no capítulo da Universidade que tinha sido fundada em 1247 pelo imperador Carlos IV, rei da Boêmia, e confirmada pelo papa Clemente VI.
Afastado das diversões da juventude, João Huss empregava suas horas vagas para boas leituras. Lia com prazer sobretudo as dos antigos mártires. Conta-se que um dia, lendo a lenda de São Lourenço, † quis experimentar se teria a mesma coragem desse mártir, pondo o dedo no fogo; mas acrescentam que logo o retirou, muito descontente com a sua fraqueza, ou que um de seus camaradas a isto se opôs.
Seja como for, ao que parece ele não fazia mal em se preparar para o fogo. Aliás, quando quis fazer este ensaio, já estava bastante avançado em idade para que o edito de 1276, pelo qual Carlos VI condenava os heréticos ao fogo, de algum modo lhe desse o pressentimento do que devia acontecer com ele.
Um grande obstáculo se opunha ao ardor que tinha João Huss de se instruir: a pobreza. Neste apuro, aceitou a oferta que lhe fez um professor, cujo nome é ignorado, de tomá-lo ao seu serviço e de lhe fornecer os livros e tudo o que era necessário para prosseguir seus estudos. Embora essa situação fosse bastante humilhante, ele a achava feliz tendo em vista o seu objetivo, e a aproveitou tão bem que satisfez, ao mesmo tempo, seu mestre, cuja amizade ganhou, e sua paixão pelas letras.
João Huss fez progressos consideráveis na Universidade; por seus livros, parece que era versado na leitura dos Pais gregos e latinos, pois que os cita muitas vezes. Pode-se julgar por seus comentários que sabia grego e tinha noções de hebreu. Com cerca de vinte anos, conquistou o título de bacharel e, dois anos depois, o de mestre em artes. Não se sabe quem foram seus mestres, salvo o que ele próprio diz de Stanislas Znojma, † que, mais tarde, se tornou um de seus maiores adversários. Ordenou-se sacerdote em 1400 e, no mesmo ano, foi nomeado pregador da capela de Belém. † Foi aí que teve oportunidade de exercitar os seus talentos, querido por uns, suspeito e odiado por outros, admirado por todos. Na mesma época foi nomeado confessor de Sofia da Baviera, † rainha da Boêmia.
Foi no período de 1403 a 1408 que João Huss, juntamente com Jerônimo de Praga, estudou as obras de Wyclif e de Jacobel e começou a se separar do ensino ortodoxo. Desde o começo, um certo número de discípulos que sempre lhe foram fiéis, mantiveram-se ligados a ele.
No dia 22 de outubro de 1409 foi nomeado reitor da Universidade de Praga, desobrigando-se desse novo encargo com os aplausos de todo o mundo. Até então, não havia aprovado as doutrinas de Wyclif senão em termos vagos e com cautela. Nessa época começou a falar mais abertamente de suas crenças pessoais.
Entre suas obras anteriores ao concílio de Constança, nota-se o Tratado da Igreja, de onde foram tirados todos os argumentos para sua condenação. Durante o seu cativeiro, consagrou-se especial e inteiramente à execução de suas últimas obras filosóficas. Foi assim que fez os manuscritos do Tratado do casamento, do Decálogo, do amor e do conhecimento de Deus, da Penitência, dos três inimigos do homem, da ceia do Senhor, etc.
Todos os historiadores contemporâneos, mesmo entre os seus adversários, rendem homenagem à pureza de sua vida: “Era, dizem, um filósofo, de grande reputação pela regularidade de seus costumes, sua vida rude, austera e inteiramente irrepreensível, sua doçura e sua afabilidade para com todos; era mais sutil que eloquente, mas sua modéstia e seu grande espírito conciliador persuadiam mais que a maior eloquência.”
Não nos permitindo a falta de espaço que nos estendamos tanto quanto desejaríamos, limitar-nos-emos a algumas citações características. Longe de temer a morte, por vezes parecia aguardá-la com impaciência, como o termo de seus trabalhos e o início da recompensa. Tinha o hábito de dizer: “Ninguém é recompensado na outra vida mais do que mereceu nesta, e que os modos e locais de recompensa variavam segundo os méritos.” Aos que queriam convencê-lo a se retratar e abjurar, varias vezes deu esta resposta digna de nota: “Abjurar é deixar um erro que se cometeu; se alguém me ensinar algo melhor do que avancei, estou pronto a fazer de bom grado o que exigis de mim.”
Terminamos pelo testemunho da Universidade de Praga, † dado em seu favor após a sua morte:
“Dizem que ele tinha, neste terreno, um espírito superior, uma penetração viva e profunda; ninguém era mais apto para escrever de um jacto, nem dar respostas mais contundentes às objeções. Ninguém tinha um zelo mais veemente, nem melhor discernimento; jamais o pilharam em erro, a não ser na opinião dos maus, que o atacaram ferozmente por causa de seu amor pela justiça. Ó homem de virtude inestimável, de brilhante santidade, de humilde e piedade inimitáveis, de desinteresse e de caridade inacreditáveis! Desprezava as riquezas no último grau, abria o coração aos pobres; muitas vezes era visto de joelhos, ao pé do leito dos doentes; vencia as naturezas mais indomáveis pela doçura e levava os impenitentes a se desfazerem em lágrimas; tirava das Santas Escrituras, sepultada no esquecimento, motivos novos e poderosos, a fim de exortar os eclesiásticos viciosos a voltarem atrás em seus desregramentos e a cumprirem os compromissos de seu caráter, e para reformar os costumes de todas as ordens com base na Igreja primitiva.
“Os opróbrios, as calúnias, a fome, a infâmia, mil torturas cruéis e, enfim, a morte que padeceu, não só com paciência, mas mesmo com um semblante tranquilo e risonho, tudo isto é o testemunho autêntico de uma virtude a toda prova, de uma coragem, de uma fé e de uma piedade inabaláveis. Julgamos por bem expor todas estas coisas aos olhos da cristandade, a fim de impedir que os fiéis, enganados pelas falsas imputações, maculem o conceito deste homem justo, nem dos que seguem sua doutrina.”
3. — Evocado por um de nossos médiuns, o Espírito de João Huss deu a seguinte comunicação, que nos apressamos em mostrar aos nossos leitores, bem como uma instrução do Sr. Allan Kardec sobre o mesmo assunto, porque nos parecem bem caracterizar a natureza do homem eminente, que se ocupou com tanto ardor, desde o século quinze, a preparar os elementos da emancipação e da regeneração filosóficos da Humanidade.
(Paris, †
14 de agosto de 1869.)
A opinião dos homens pode dispersar-se momentaneamente, mas a justiça de Deus, eterna e imutável, sabe recompensar, quando a justiça humana castiga, perdida pela iniquidade e pelo interesse pessoal. Apenas cinco séculos (um segundo na eternidade) se passaram desde o nascimento do obscuro e modesto trabalhador e já a glória humana, à qual ele não se prende mais, substituiu a sentença infamante e a morte ignominiosa, incapazes de abalar a firmeza de suas convicções.
Como és grande, meu Deus, e como é infinita a tua sabedoria! Sob o teu sopro poderoso minha morte tornou-se um instrumento de progresso. A mão que me feriu alcançou, com o mesmo golpe, os terríveis erros seculares de que se encharcou o espírito humano. Minha voz encontrou eco nos corações indignados pela injustiça de meus algozes, e meu sangue, derramado como um orvalho benfazejo sobre um solo generoso, fecundou e desenvolveu nos espíritos adiantados de meu tempo os princípios da eterna verdade. Eles compreenderam, refletiram, analisaram, trabalharam e, sobre bases informes, rudimentares das primeiras crenças liberais, edificaram, na sucessão das eras, doutrinas filosóficas verdadeiramente generosas, profundamente religiosas e eternamente progressivas.
Graças a eles, graças aos seus trabalhos perseverantes, o mundo sabe que João Huss viveu, sofreu e morreu por suas crenças; é muito, meu Deus, para os meus frágeis esforços, e meu espírito reabilitado tem dificuldade em resistir aos sentimentos de reconhecimento e de amor que o arrebatam. Reconhecer que se enganaram ao me condenar, era justiça; as homenagens e os testemunhos de simpatia com que me glorificam são excessivos para os meus fracos méritos.
O Espírito humano tem caminhado desde que o fogo consumiu meu corpo. Uma chama não mais destrutiva, mas regeneradora, abarca a Humanidade; seu contato purifica, seu calor faz crescer e vivifica. Nesse foco benfazejo vêm reanimar-se todos os feridos pela dor, todos os torturados pela provação da dúvida e da incredulidade. O sofredor se afasta consolado e forte; o indeciso, o incrédulo e o desesperado, cheios de ardor, de firmeza e de convicção, vêm engrossar o exército ativo e fecundo das falanges emancipadoras do futuro.
Aos que me pediam uma retratação, respondi que só renunciaria às minhas crenças diante de uma doutrina mais completa, mais satisfatória, mais verdadeira. Pois bem! desde esse tempo meu Espírito se engrandeceu; encontrei algo melhor do que havia conquistado e, fiel aos meus princípios, repeli sucessivamente o que minhas antigas convicções tinham de errôneo, para acolher as verdades novas, mais largas, mais consentâneas com a ideia que eu fazia da natureza e dos atributos de Deus. Espírito, progredi no espaço; voltando à Terra, progredi também. Hoje, voltando novamente à pátria das almas, estou na fila da frente ao lado de todos os que, sob este ou aquele nome, marcham sincera e ativamente para a verdade e se dedicam, de coração e de espírito, ao desenvolvimento progressivo do espírito humano.
Obrigado a todos os que reverenciam em minha personalidade terrestre a memória de um defensor da verdade; obrigado, sobretudo, aos que sabem que, acima do homem há o Espírito, libertado pela morte dos entraves materiais, a inteligência livre que trabalha em acordo com as inteligências exiladas, a alma que gravita incessantemente para o centro de atração de todas as criações: o infinito, Deus!
João Huss.
(Paris, 17 de agosto de 1869.)
Analisando através das eras a História da Humanidade, o filósofo e o pensador logo reconhecem, na origem e no desenvolvimento das civilizações, uma gradação insensível e contínua. – De um conjunto homogêneo e bárbaro surge, em primeiro lugar, uma inteligência isolada, desconhecida e perseguida, mas que, não obstante, faz época e serve de baliza, de ponto de referência para o futuro. – A tribo, ou se quiserdes, a nação, o Universo avançam em idade e as balizas se multiplicam, semeando aqui e ali os princípios de verdade e de justiça que serão a partilha das gerações que chegam. Essas balizas esparsas são os precursores; eles semeiam uma ideia, desenvolvem-na durante sua vida terrena, vigiam-na e a protegem no estado de Espírito, e voltam periodicamente através dos séculos para trazerem seu concurso e sua atividade ao seu desenvolvimento.
Tal foi João Huss e tantos outros precursores da filosofia espírita.
Semearam, laboraram e fizeram a primeira colheita; depois voltaram para semear ainda, esperando que o futuro e a intervenção providencial viessem fecundar sua obra.
Feliz aquele que, do alto do espaço, pode contemplar as diversas etapas percorridas e os trabalhos realizados por amor à verdade e à justiça; o passado não lhe dá senão satisfação, e se suas tentativas foram incompletas e improdutivas no presente, se a perseguição e a ingratidão por vezes ainda vêm perturbar a sua tranquilidade, ele pressente as alegrias que lhe reserva o futuro.
Glória na Terra e nos espaços a todos os que consagraram a existência inteira ao desenvolvimento do espírito humano. Os séculos futuros os veneram e os mundos superiores lhes reservam a recompensa devida aos benfeitores da Humanidade.
João Huss encontrou no Espiritismo uma crença mais completa, mais satisfatória que suas doutrinas e o aceitou sem restrição. – Como ele, eu disse aos meus adversários e contraditores: “Fazei algo de melhor e me reunirei a vós.”
O progresso é a eterna lei dos mundos, mas jamais seremos ultrapassados por ele, porque, do mesmo modo que João Huss, sempre aceitaremos como nossos os princípios novos, lógicos e verdadeiros que cabe ao futuro nos revelar.
Allan Kardec.
[1] É notável que Huss, em boêmio, significa ganso. Parece que a pátria de João Huss foi assim chamada porque aí essas aves são abundantes.