O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão.
Doutrina espírita - 1ª parte.

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Revista espírita — Ano VI — Maio de 1863.

(Idioma francês)

Nota bibliográfica.

(Sumário)


Multiplicam-se as publicações espíritas e, como temos dito, incentivamos a divulgação daquelas que podem servir utilmente à causa que defendemos. São outras tantas vozes que se elevam e servem para espalhar a ideia sob diferentes formas. Se não demos nossa opinião sobre certas obras mais ou menos importantes, tratando de matérias análogas, é que, temeroso de que vissem nisso um sentimento de parcialidade, preferimos deixar que a opinião se formasse por si mesma. Ora, vemos que a opinião da maioria confirmou a nossa. Por nossa posição, devemos ser sóbrio em apreciações do gênero, sobretudo quando a aprovação não pode ser absoluta. Ficando neutro, não nos acusarão de ter exercido uma pressão desfavorável; e se o sucesso não corresponder à expectativa, não nos poderão culpar por isso.

Entre as publicações recentes que temos a satisfação de recomendar sem restrição, lembraremos notadamente as duas pequenas brochuras anunciada em nosso último número, sob o título de O Espiritismo sem os Espíritos e A Verdade sobre o Espiritismo experimental nos grupos, por um espírita teórico, sobre as quais mantemos a opinião já emitida, dizendo que num quadro muito restrito, o autor tinha sabido resumir os verdadeiros princípios do Espiritismo com notável precisão e num estilo atraente. Na relativa aos grupos, os curiosos e os incrédulos encontrarão excelente lição sobre a maneira pela qual convém observar o que se passa nos grupos sérios. – Preço: 50 centavos cada; 60 centavos pelo correio. – Livraria Dentu, Palais-Royal.  † 


Também não podemos omitir o jornal A Verdade, publicado em Lyon,  †  sob a direção do Sr. Edoux, e que igualmente anunciamos. Por falta de espaço, limitam-nos a dizer que se trata de um novo campeão, que parece ser visto com maus olhos pelo campo adverso. Marcou sua estreia por vários artigos de elevado alcance, assinado Philoléthès, entre os quais se destacam os intitulados: Fundamento do Espiritismo; O perispírito ante as tradições; O perispírito ante a Filosofia e a História, etc. Denotam uma pena adestrada, apoiando-se numa lógica rigorosa e que, perseverando nesse caminho, pode dar trabalho aos nossos antagonistas, sem sair da linha de moderação que, como a nossa, parece ser a divisa desse jornal. É pela lógica que se deve combater, e não pelas pessoas, injúrias e represálias.


Em breve Bordeaux  †  terá sua Revista especial. Será um prazer ajudar com nossos conselhos, já que no-los pediram. Se, como não duvidamos, ela seguir o caminho da sabedoria e da prudência, não deixará de ter o apoio de todos os verdadeiros espíritas, dos que veem o interesse da causa acima das questões pessoais, de interesse ou de amor-próprio. É a estes que se voltam as nossas simpatias. A abnegação da personalidade, o desinteresse moral e material, a prática da lei do amor e da caridade serão sempre os sinais distintivos daqueles para quem o Espiritismo não é apenas uma crença estéril nesta vida e na outra, mas uma fé fecunda.


O Courrier de la Moselle, jornal de Metz,  †  de 11 de abril de 1863, estampa um excelente e notável artigo, intitulado Um espírita de Metz refutando os casos de loucura atribuídos ao Espiritismo. Gostamos de ver os espíritas na liça, opondo a fria e severa lógica dos fatos às diatribes de seus adversários. Citaremos alguns trechos que, por falta de espaço, somos obrigados a adiar para o próximo número.


Allan Kardec.



Paris. — Typ. de Cosson et Ce rue du Four-St-Germain, 43.  † 


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