O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão.
Doutrina espírita - 1ª parte.

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Revista espírita — Ano III — Outubro de 1860.

(Idioma francês)

Sobre o valor das comunicações espíritas.

Pelo Sr. Jobard.

1. — A ortodoxia religiosa confere um papel de excessiva importância a Satã e aos seus supostos satélites, que apenas deveriam ser chamados Espíritos malignos, ignorantes, vaidosos, e quase todos maculados do pecado do orgulho que os perdeu. Nisto em nada eles diferem dos homens, dos quais fizeram parte durante um período muito curto, em relação à eternidade de sua existência pneumática, que pode ser comparada à de um corpo passado ao estado volátil. O erro está na crença de que, pelo fato de serem Espíritos, devem ser perfeitos, como se o vapor e o gás fossem mais perfeitos que a água ou o liquido de onde saíram; como se um malfeitor pudesse ser um homem pacífico depois de escapar da prisão; como se um louco pudesse ser reputado sábio depois de haver transposto os muros do hospício; como se um cego, saído do Quinze-Vingts,  †  n pudesse fazer-se passar por um clarividente.

Imaginais, senhores médiuns, que vos tivésseis de haver com toda essa gente e que haja tanta diferença entre os Espíritos quanto entre os homens. Ora, não ignorais que há tantos homens quanto sentimentos diferentes; tantos corpos quanto propriedades diversas, antes como depois de sua mudança de estado. Podeis julgar, pelos seus erros, a má qualidade dos Espíritos, como se julga. a má qualidade de um corpo pelo odor que exala. Se, por vezes, estão de acordo sobre certos pontos, entre si e convosco, é que se copiam e vos copiam, porquanto sabem, melhor que vós, o que foi escrito, no passado e atualmente, sobre tal ou qual doutrina que vos repetem, muitas vezes como papagaios, mas outras vezes com convicção, se forem Espíritos estudiosos e conscienciosos, como certos filósofos ou sábios que vos dessem a honra de vir conversar e discutir convosco. Mas ficai persuadidos de que só vos respondem quando pressentem que vos encontrais em condições de os compreender. Sem isto não vos dizem senão vulgaridades e nada que ultrapasse o alcance de vossa inteligência e dos vossos conhecimentos adquiridos. Tanto quanto vós, eles sabem que não se lançam pérolas aos porcos; citam o Evangelho, se sois cristão, o Alcorão, se sois muçulmano, e facilmente se põem em uníssono convosco, porque no estado pneumático têm a inteligência que os corpos materiais volatilizados não possuem; somente nisto a comparação precedente não é exata. Se gostais de rir, fazer jogo de palavras, e tratais com um Espírito sério, ele vos enviará farsistas, mais fortes que vós nos gracejos e nos trocadilhos. Se tiverdes o cérebro fraco, ele vos abandona aos mistificadores, que vos levarão mais longe do que gostaríeis.

Em geral os Espíritos gostam de se entreter com os homens; é uma distração e por vezes um estudo para eles, como todos o dizem. Assim, não temais fatigá-los, pois sempre o ficareis antes deles; mas não vos ensinarão nada além do que vos poderiam ter dito em vida. Eis a razão por que tanta gente pergunta qual a vantagem de perder tempo em consultá-los, desde que não se pode esperar revelações extraordinárias, invenções inesperadas, panaceias, pedras filosofais, transmutações de metais, movimentos perpétuos, já que não sabem mais que vós sobre os resultados ainda não obtidos pela ciência humana. E se vos estimulam a fazer experiências, é que eles mesmos estariam curiosos para ver os seus efeitos, pois, do contrário, só vos dão explicações confusas, como os pseudo-sábios e certos advogados, que se deixam enredar em suas próprias palavras. Se se trata de um tesouro, eles vos dizem: cavai; de uma liga, dizem: soprai. É possível que, buscando, encontreis. Ficarão tão assombrados quanto vós e se gabarão de vos terem dado bons conselhos. A vaidade humana não os abandona. Os bons Espíritos não vos afirmam que encontrareis tesouros, como fazem os maus, que não têm escrúpulo em vos arruinar. É nisto que jamais deveis fazer abstração do vosso julgamento, do vosso livre-arbítrio, da vossa razão. Que dizeis quando um homem vos instiga a um mau negócio? Que é um Espírito infernal, diabólico. Pois bem! O Espírito que vos aconselha mal não é mais diabólico, mais infernal; quando muito é um ignorante, um mistificador; mas não tem missão especial, nem poder sobre-humano, nem grande interesse em vos enganar; usa igualmente do livre-arbítrio que Deus lhe deu, como deu a vós, podendo, como vós, fazer dele bom ou mau uso; eis tudo. É tolice acreditar que ele se ligue a vós durante anos e anos para tentar alistar a vossa própria alma no exército de Satã. O que adianta a Satã um recruta a mais ou a menos, quando eles chegam, espontaneamente, aos milhares de milhões, sem que ele se dê ao trabalho de os convocar? Os eleitos são raros, mas inumeráveis os voluntários do mal. Se Deus e o diabo têm, cada um, o seu exército, só Deus necessita de recrutadores; o Diabo pode poupar-se ao trabalho de preencher os seus quadros. Como a vitória está sempre do lado dos grandes batalhões, julgai de sua grandeza e de seu poder, e da facilidade de seus triunfos sobre todos os pontos do Universo. E, sem ir muito longe, olhai em torno de vós.

Mas tudo isso não tem sentido. Desde que hoje se sabe facilmente conversar com as criaturas do outro mundo, é preciso aceitá-las como são e pelo que são. Há poetas que podem ditar bons versos, filósofos e moralistas que podem dar boas máximas, historiadores que podem dar esclarecimentos sobre sua época, naturalistas que podem ensinar o que sabem, ou retificar os erros que cometeram, astrônomos que podem revelar certos fenômenos que ignorais, músicos, autores capazes de escrever obras póstumas e que chegam mesmo a pedir que sejam publicadas em seu nome. Um deles, que pensava ter inventado alguma coisa, indignou-se ao saber que a patente não lhe seria entregue pessoalmente; outros não fazem mais caso das coisas terrenas do que certos sábios. Há também os que assistem com prazer infantil à inauguração de sua estátua e outros que não se dão ao trabalho de ir vê-la e que desprezam profundamente os imbecis que lhes prestam essa honra, depois de os haverem desprezado e perseguido em vida. A propósito de sua estátua, Humboldt não respondeu senão uma palavra: Irrisão! Um outro deu a inscrição da estátua que lhe preparam e que sabe não havê-la merecido: Ao grande ladrão, os roubados reconhecidos.

Em resumo, devemos considerar como certo que cada um leva consigo o caráter e as conquistas morais e científicas; os tolos daqui são ainda os tolos de lá. Só os larápios, que não têm mais bolsos a esvaziar; os gulosos, nada mais a fritar; os banqueiros, nada mais a descontar, sofrem tais privações. É por isso que o Espírito-Santo, o Espírito de Verdade, nos recomenda o desprezo das coisas terrenas, que não podemos carregar, nem assimilar, para só pensarmos nos bens espirituais e morais, que nos acompanham e nos servirão pela eternidade, não só de distração, mas como degraus para nos elevarmos incessantemente na grande escada de Jacó, na incomensurável hierarquia dos Espíritos.

Assim, vede quão pouco caso os bons Espíritos fazem dos bens e dos prazeres grosseiros que perderam ao morrer, isto é, ao entrarem em seu país, como eles dizem. Semelhantes a um sábio prisioneiro, arrancado subitamente de sua cela, não são suas roupas, seus móveis, seu dinheiro que ele lamenta, mas os seus livros e manuscritos. A borboleta que sacode o pó de suas asas antes de retomar o voo, pouco se preocupa com os restos da lagarta que lhe serviu de habitáculo. Do mesmo modo, um Espírito como o de Buffon não mais lamentará o seu castelo de Montbard,  †  como Lamartine não lamentará seu Saint-Point,  †  que tanta questão ele fazia em vida. É por isso que a morte do sábio é tão calma e a do humanimal n tão horrível, porquanto sente este último que, perdendo os bens terrenos, tudo perde; aí se agarra como o avarento ao seu cofre-forte. Seu Espírito não pode sequer afastar-se; prende-se à matéria e continua a assombrar os lugares que lhe foram caros e, em vez de fazer incessantes esforços para romper os laços que o retêm à Terra, a ela se prende como um desesperado. Sofre verdadeiramente como um danado, por não mais poder gozá-los; eis o inferno, eis o fogo que esses réprobos se empenham em tornar eterno. Tais são os maus Espíritos, que repelem os conselhos dos bons e que necessitam socorros da razão e da própria sabedoria humana, a fim de se decidirem a abandonar a presa. Os bons médiuns devem dar-se ao trabalho de os fazer pensar, de os doutrinar e orar por eles, pois confessam que a prece os alivia; por isso mesmo testemunham o seu reconhecimento, em termos às vezes muito tocantes. Isto prova a existência de uma solidariedade entre todos os Espíritos, livres ou encarnados, porque, evidentemente, a encarnação não passa de uma punição, e a Terra, de um lugar de expiação, onde, como diz o salmista, não somos postos para nosso entretenimento, mas para nos aperfeiçoarmos e aprender a adorar a Deus, estudando as suas obras. De onde se segue que o mais infeliz é o mais ignorante; o mais selvagem torna-se o mais vicioso, o mais criminoso e o mais miserável dos seres, aos quais Deus outorgou uma centelha de sua alma divina, e talentos para os fazer valer e não para os enterrar até a chegada do mestre, ou, antes, até o comparecimento do culpado de preguiça ou de negligência perante Deus.

Eis o que verdadeiramente é para uns e para outros o mundo espírita, que a uns inspira tanto medo e a outros tanto encanta, e que nem mereceu esse excesso de homenagens, nem essa indignidade.

Quando, à força de estudo e de experiência, nos tivermos familiarizado com o fenômeno das manifestações, tão natural quanto qualquer outro, reconheceremos a veracidade das explicações que acabamos de dar. O poder do mal, que é concedido aos Espíritos, tem por antítese o poder do bem que se pode esperar dos outros. Essas duas forças são adequadas, como todas as da Natureza, sem o que o equilíbrio se romperia e o livre-arbítrio seria substituído pela fatalidade, o cego fatum, o fato bruto, inteligente, a morte de todos, a catalepsia do Universo, o caos.

Proibir interrogar os Espíritos é reconhecer que eles existem; assinalá-los como prepostos do diabo é fazer pensar que existem os que são agentes e missionários de Deus. Que os maus sejam mais numerosos, estamos de acordo; mas há de tudo, como na Terra. No entanto, porque há mais grãos de areia do que pepitas de ouro, deve-se condenar os garimpeiros?

Quando os Espíritos vos dizem que lhes é proibido responder a certas perguntas de importância meramente pessoal, é uma maneira cômoda de ocultar a sua ignorância das coisas do futuro. Tudo quanto depende de nossos próprios esforços, de nossas pesquisas intelectuais, não nos pode ser revelado sem violar a lei divina, que obriga o homem ao trabalho. Seria muito cômodo para qualquer médium, tomado por um Espírito familiar complacente, adquirir sem esforço todos os tesouros e todo o poder imaginável, desembaraçando-se de todos os obstáculos que os outros superam com tanta dificuldade. Não, os Espíritos não têm semelhante poder e fazem bem dizendo que lhes é interdito tudo o que lhe pedis de ilícito. Contudo, exercem grande influência sobre os encarnados, para o bem ou para o mal; felizes daqueles que os bons Espíritos aconselham e protegem: tudo lhes sai bem, se obedecem às boas inspirações, que, aliás, não recebem senão após havê-las merecido e realizado o esforço equivalente ao sucesso que lhes é dado por acréscimo.

Quem quer que, deitado na cama, espere a fortuna, não terá muita chance de adquiri-la. Tudo aqui depende do trabalho inteligente e honesto, que nos proporciona uma grande satisfação íntima e nos livra do mal físico, comunicando-nos o dom de aliviar o mal alheio, porquanto não existe um médium bem-intencionado que não seja magnetizador e curador por natureza. Mas, ignorando possuir tal tesouro, não intentam utilizá-lo. É nisto que deveriam ser melhor aconselhados e mais poderosamente auxiliados por seus bons Espíritos. Têm-se visto milagres análogos ao sucedido com o Duque de Celeuza, Príncipe Vasto, no café Nocera, em Nápoles,  †  em 13 de junho último, o qual acaba de publicar que foi curado instantaneamente de uma doença reputada incurável, da qual sofria há dez anos, unicamente pela palavra de um velho cavalheiro francês, ao qual narrara seus sofrimentos. Há outros que fazem tais coisas em diversos países, na Holanda, na Inglaterra, na França, na Suíça. Mas eles se multiplicarão com o tempo: os germes estão semeados.

Os médiuns devidamente advertidos quanto à natureza, aos usos e costumes dos Espíritos terrenos, nada mais têm a fazer do que se conduzir de acordo. Quanto aos Espíritos celestes ou de uma ordem transcendente, é tão raro se comunicarem com os indivíduos, que ainda não é tempo de falar deles. Eles presidem aos destinos das nações e às grandes catástrofes, às grandes evoluções dos globos e das humanidades; no momento estão trabalhando. Esperemos, com recolhimento, as grandes coisas por vir: Renovabunt faciem terrae. [Renovarão a face da Terra.]

Jobard.


2. OBSERVAÇÕES.


O Sr. Jobard havia dado ao seu artigo o título de Conselhos aos médiuns. Julgamos dever dar-lhe um título menos exclusivo, tendo em vista que suas observações se aplicam, em geral, à maneira de apreciar as comunicações espíritas. Sendo os médiuns apenas instrumentos das manifestações, estas podem ser dadas a todas as pessoas, seja diretamente, seja através de um intermediário. Todos os evocadores podem, pois, aproveitá-las, tanto quanto os médiuns.

Aprovamos esta maneira de julgar as comunicações porque é rigorosamente verdadeira e não pode senão contribuir para nos acautelarmos contra a ilusão, à qual estão expostos os que aceitam muito facilmente, como expressão da verdade, tudo quanto venha do mundo dos Espíritos. Todavia, pensamos que o Sr. Jobard talvez seja um tanto absoluto sobre certos pontos. Em nossa opinião, ele não leva muito em conta o progresso realizado pelo Espírito no estado errante. Sem dúvida – fato constatado pela experiência – o Espírito leva para o além-túmulo as imperfeições da vida terrena. Porém, como se acha num meio completamente diverso; como já não recebe as suas sensações através dos órgãos materiais; e visto não ter mais sobre os olhos o véu espesso que obscurecia as ideias, suas sensações, percepções e concepções devem experimentar uma sensível modificação. Eis por que vemos, todos os dias, homens que pensam, após a morte, de modo completamente diverso do que o faziam em vida, porque o horizonte moral para eles se dilatou; autores criticando as próprias obras; homens do mundo censurando a própria conduta; sábios reconhecendo seus erros. Se o Espírito não progredisse na vida espiritual, retornaria à vida corpórea como dela havia saído, nem mais adiantado, nem mais atrasado, o que, positivamente, é contraditado pela experiência. Certos Espíritos podem, pois, ver mais claro e mais justo do que quando estavam na Terra; assim, alguns são vistos dando excelentes conselhos, com os quais nos edificamos. Mas entre os Espíritos, como entre os homens, é preciso saber a quem nos dirigimos e não crer que qualquer um deles possua a ciência infusa, nem que um sábio esteja liberado de seus preconceitos terrenos, só porque são Espíritos. A este respeito o Sr. Jobard tem inteira razão ao dizer que não devemos aceitar suas teorias e sistemas senão com extrema reserva; é preciso fazer com eles o que se faz com os homens, isto é, só lhes dar crédito quando tiverem dado provas irrecusáveis de sua superioridade, e não pelo nome falso com que por vezes se apresentam, mas pela constante sabedoria de seus pensamentos, a irrefutável lógica de seus raciocínios e a inalterável bondade de seu caráter.

As judiciosas observações do Sr. Jobard, deixando de lado o que podem conter de exagero, sem dúvida decepcionarão os que pensam encontrar nos Espíritos um meio certo de tudo saber, fazer descobertas lucrativas, etc. Realmente, aos olhos de certas pessoas, para que servem os Espíritos, se não nos auxiliam a fazer fortuna? Pensamos que basta ter estudado um pouco a Doutrina Espírita para compreender que nos ensinam uma porção de coisas mais úteis do que saber se ganharemos na bolsa ou na loteria. Contudo, mesmo admitindo a hipótese mais rigorosa, na qual seria completamente indiferente dirigir-se aos Espíritos ou aos homens para as coisas deste mundo, nada significaria o fato de nos darem prova da existência de além-túmulo? de nos inteirarem do estado feliz ou infeliz dos que nos precederam? de nos provarem que aqueles a quem amamos não estão perdidos para nós; e que os reencontraremos nesse mundo que nos espera a todos, ricos ou pobres, poderosos ou escravos? Porque, em definitivo, há uma coisa certa: que, mais dia, menos dia, haveremos de morrer. O que existirá além dessa barreira? atrás dessa cortina que nos vela o futuro? Alguma coisa ou o nada? Pois bem! Os Espíritos nos ensinam que existe algo; que, quando morremos, nem tudo está acabado. Longe disto; só então é que começa a verdadeira vida, a vida moral. Ainda que só isto nos ensinassem, suas conversas não seriam inúteis. Fazem mais: ensinam o que devemos fazer aqui para nos encontrarmos em melhores condições no outro mundo. E como lá teremos que ficar muito tempo é bom nos assegurarmos o melhor lugar possível. Como diz o Sr. Jobard, em geral os Espíritos atribuem pouca importância às coisas da Terra, por uma razão muito simples: é que têm melhor do que isto; seu objetivo é ensinar-nos o que devemos fazer para ali sermos felizes. Eles sabem que nos prendemos às alegrias da Terra, como as crianças com seus brinquedos; querem avançar o nosso raciocínio: tal a sua missão. Se somos enganados por uns, é porque queremos tirá-los da esfera de suas atribuições. Perguntar-lhes o que não sabem, o que não podem ou não devem dizer, é ser mistificado pela turba de Espíritos zombeteiros, que se divertem com a nossa credulidade. O erro de certos médiuns é crer na infalibilidade dos Espíritos que com eles se comunicam e os seduzem por belas frases, escorados num nome imponente que, na maioria das vezes, não lhes pertence. Reconhecer a fraude é um resultado do estudo e da experiência. Nesse sentido, o artigo do Sr. Jobard só lhes pode ajudar a abrir os olhos.



[1] N. do T.: Alusão a antigo hospital parisiense, fundado por São Luís (Luís IX) e destinado aos cegos.


[2] N. do T.: Cunhada por Jobard, a palavra humanimal não faz parte do léxico francês, muito embora, no contexto da frase em que se acha inserida, possamos adivinhar facilmente o seu significado.


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