Quando evocamos um parente ou amigo, seja qual for a afeição que nos tenha conservado, não devemos esperar essas demonstrações de ternura que nos pareceriam naturais depois de uma dolorosa separação. Por ser calma, a afeição pode ser mais verdadeira que a que se traduz por grandes demonstrações exteriores. Os Espíritos pensam, mas não agem como os homens: dois Espíritos amigos se veem, amam-se, sentem-se felizes por se aproximarem, mas não têm necessidade de se lançarem aos braços um do outro. Quando se comunicam conosco pela escrita, uma boa palavra lhes basta e lhes diz muito mais do que palavras enfáticas.
Allan Kardec.
Imprimerie de H. CARION, rue Bonaparte, 64. †