Roteiro 2
Provas da existência de Deus
Objetivo Geral: Apresentar Deus como a inteligência suprema e a causa primeira de todas as coisas.
Objetivo Específico: Citar e analisar provas da existência de Deus.
CONTEÚDO BÁSICO
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A prova da existência de Deus, como dizem os Espíritos, pode ser encontrada num […] axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá. Allan Kardec: O Livro dos Espíritos, questão 4.
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Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras. Allan Kardec: A Gênese. Capítulo 2, item 6.
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A existência de Deus é, pois, uma realidade comprovada não só pela revelação [dos Espíritos Superiores) como pela evidência material dos fatos. Os povos selvagens nenhuma revelação tiveram; entretanto, creem instintivamente na existência de um poder sobre-humano. Allan Kardec: A Gênese. Capítulo 2, item 7.
SUGESTÕES DIDÁTICAS
Introdução:
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Apresentar à turma a seguinte questão, no início da aula:
— Como interpretar a existência de Deus, considerando esta afirmativa de Kardec: Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.
Desenvolvimento:
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Em seguida, anotar em destaque as ideias emitidas pelos participantes, analisando-as.
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Analisar, em conjunto, as ideias emitidas.
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Em sequência, dividir a turma em pequenos grupos e pedir-lhes que realizem a tarefa que se segue:
1. Ler os subsídios do roteiro;
2. Trocar opiniões a respeito do texto lido;
3. Citar provas da existência de Deus.
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Concluído o trabalho em grupo, convidar os relatores que apresentem as conclusões em plenária.
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Solicitar a um dos participantes a leitura, em voz alta, da página do Espírito de Meimei inserida em anexo.
Conclusão:
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Fazer uma análise geral das conclusões apresentadas pelos relatores, assim como do conteúdo da mensagem de Meimei, destacando a ideia espírita de que a existência de Deus é instintiva no ser humano e independe da educação (veja O Livro dos Espíritos, questões 5 e 6).
Avaliação:
Técnica(s):
Recurso(s):
SUBSÍDIOS
Cada religião […] explica Deus à sua maneira; cada teoria o descreve a seu modo. E de tudo isso resulta uma confusão, um caos inextricável. […] Dessa confusão os ateus têm tirado argumentos para negar a existência de Deus; os positivistas, para o declarar incognoscível. Como remediar tal desordem? Como escapar a essas contradições? Da mais simples maneira. Basta elevarmo-nos acima das teorias e dos sistemas, bastante alto para ligá-las em seu conjunto e pelo que têm de comum. Basta elevarmo-nos até à grande Causa, na qual tudo se resume e tudo se explica. (10)
Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.
A prova da existência de Deus, como dizem os Espíritos, pode ser encontrada em um […] axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá. (6)
Vemos constantemente uma imensidade de efeitos, cuja causa não está na Humanidade, pois que a Humanidade é impotente para produzi-los, ou, sequer, para explicá-los. […] Tais efeitos absolutamente não se produzem ao acaso, fortuitamente e em desordem. Desde a organização do mais pequenino inseto e da mais insignificante semente, até a lei que rege os mundos que circulam, no Espaço, tudo atesta uma ideia diretora, uma combinação, uma previdência, uma solicitude que ultrapassam todas as combinações humanas. A causa é, pois, soberanamente inteligente. (9)
Constitui princípio elementar que pelos seus efeitos é que se julga de uma causa, mesmo quando ela se conserve oculta. Se, fendendo os ares, um pássaro é atingido por mortífero grão de chumbo, deduz-se que hábil atirador o alvejou, ainda que este último não seja visto. Nem sempre, pois, se faz necessário vejamos uma coisa, para sabermos que ela existe. Em tudo, observando os efeitos é que se chega ao conhecimento das causas. (1)
Outro princípio igualmente elementar e que, de tão verdadeiro, passou a axioma é o de que todo efeito inteligente tem que decorrer de uma causa inteligente. Se perguntassem qual o construtor de certo mecanismo engenhoso, que pensaríamos de quem respondesse que ele se fez a si mesmo? Quando se contempla uma obra-prima da arte ou da indústria, diz-se que há de tê-la produzido um homem de gênio, porque só uma alta inteligência poderia concebê-la. Reconhece-se, no entanto, que ela é obra de um homem, por se verificar que não está acima da capacidade humana; mas, a ninguém acudirá a ideia de dizer que saiu do cérebro de um idiota ou de um ignorante, nem, ainda menos, que é trabalho de um animal, ou produto do acaso. (2)
Não podendo nenhum ser humano criar o que a Natureza produz, a causa primária é, conseguintemente, uma inteligência superior à Humanidade. Quaisquer que sejam os prodígios que a inteligência humana tenha operado, ela própria tem uma causa e, quanto maior for o que opere, tanto maior há de ser a causa primária. Aquela inteligência superior é que é a causa primária de todas as coisas, seja qual for o nome que lhe deem. (8)
Pois bem! lançando o olhar em torno de si, sobre as obras da Natureza, notando a providência, a sabedoria, a harmonia que presidem a essas obras, reconhece o observador não haver nenhuma que não ultrapasse os limites da mais portentosa inteligência humana. Ora, desde que o homem não as pode produzir, é que elas são produto de uma inteligência superior à Humanidade, a menos que se sustente que há efeitos sem causa. (3)
A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso. (7)
Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras. (4)
A existência de Deus é, pois, uma realidade comprovada não só pela revelação, como pela evidência material dos fatos. Os povos selvagens nenhuma revelação tiveram; entretanto, creem instintivamente na existência de um poder sobre-humano. Eles veem coisas que estão acima das possibilidades do homem e deduzem que essas coisas provêm de um ente superior à Humanidade. Não demonstram raciocinar com mais lógica do que os que pretendem que tais coisas se fizeram a si mesmas? (5)
ANEXO
Provas da Existência de Deus
(Meimei)
Referências Bibliográficas:
1. KARDEC, Allan. A Gênese. Tradução de Guillon Ribeiro. 48. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Capítulo 2, item 2, p. 53.
2. Idem - Item 3, p. 53-54.
3. Id. - Item 5, p. 54.
4. Id. - Item 6, p. 55-56.
5. Id. - Item 7, p. 55.
6. Idem - O Livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 86. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Questão 4, p. 52.
7. Id. Questão 8, p. 53.
8. Id. - Questão 9, p. 53.
9. Idem - Obras Póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 38. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Profissão de fé espírita raciocinada. Primeira Parte. Capítulo 1 (Deus), item 1, p. 31 .
10. DENIS, Léon. O Grande Enigma. 14. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Primeira parte. Capítulo 9 (Objeções e contradições), p. 110-111.