Considerações Gerais
SOBRE O ESTUDO E PRÁTICA DA MEDIUNIDADE
I. NECESSIDADE DO ESTUDO DA MEDIUNIDADE
As seguintes palavras de Allan Kardec justificam a necessidade de um estudo contínuo e sistematicamente organizado da mediunidade na Casa Espírita: Todos os dias a experiência nos traz a confirmação de que as dificuldades e os desenganos, com que muitos topam na prática do Espiritismo, se originam da ignorância dos princípios desta ciência […]. Se bem cada um traga em si o gérmen das qualidades necessárias para se tornar médium, tais qualidades existem em graus muito diferentes e o seu desenvolvimento depende de causas que a ninguém é dado conseguir se verifiquem à vontade. As regras da poesia, da pintura e da música não fazem que se tornem poetas, pintores, ou músicos os que não têm o gênio de alguma dessas artes. Apenas guiam os que as cultivam, no emprego de suas faculdades naturais. O mesmo sucede com o nosso trabalho. Seu objetivo consiste em indicar os meios de desenvolvimento da faculdade mediúnica, tanto quanto o permitam as disposições de cada um, e,sobretudo, dirigir-lhe o emprego de modo útil, quando ela exista. […] De par com os médiuns propriamente ditos, há, a crescer diariamente, uma multidão de pessoas que se ocupam com as manifestações espíritas. Guiá-las nas suas observações, assinalar-lhes os obstáculos que podem e hão de necessariamente encontrar, lidando com uma nova ordem de coisas, iniciá-las na maneira de confabularem com os Espíritos,indicar-lhes os meios de conseguirem boas comunicações, tal o círculo que temos de abranger, sob pena de fazermos trabalho incompleto. […] A essas considerações ainda aditaremos outra, muito importante: a má impressão que produzem nos novatos as experiências levianamente feitas e sem conhecimento de causa experiências que apresentam o inconveniente de gerar idéias falsas acerca do mundo dos Espíritos e de dar azo à zombaria e a uma crítica quase sempre fundada. De tais reuniões, os incrédulos raramente saem convertidos e dispostos a reconhecer que no Espiritismo haja alguma coisa de sério. Para a opinião errônea de grande número de pessoas,muito mais do que se pensa têm contribuído a ignorância e a leviandade de vários médiuns. Desde alguns anos, o Espiritismo há realizado grandes progressos: imensos, porém, são os que conseguiu realizar, a partir do momento em que tomou rumo filosófico, porque entrou a ser apreciado pela gente instruída. Presentemente, já não é um espetáculo: é uma doutrina de que não mais riem os que zombavam das mesas girantes. Esforçando-nos por levá-lo para esse terreno e por mantê-lo aí, nutrimos a convicção de que lhe granjeamos mais adeptos úteis, do que provocando a torto e a direito manifestações que se prestariam a abusos. (1)
II. CONCEITO, OBJETIVO, PRÉ-REQUISITO E CONSEQUÊNCIAS DO ESTUDO DA MEDIUNIDADE
O Curso de Estudo e Prática da Mediunidade, realizado na Casa Espírita, é uma reunião privativa que prioriza a participação efetiva dos inscritos, por meio de atividades grupais e plenárias.Tem como objetivo estudar de forma metódica,contínua e séria, a teoria e a prática da mediunidade, à luz da Doutrina Espírita e dos ensinamentos morais do Cristianismo. Os participantes do estudo da mediunidade devem ter concluído o Curso de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita / ESDE, proposta da FEB, ou cursos equivalentes.
O estudo da mediunidade tem, segundo Kardec, as seguintes conseqüências: […] provar materialmente a existência do mundo espiritual. Sendo o mundo espiritual formado pelas almas daqueles que viveram, resulta de sua admissão a prova da existência da alma e a sua sobrevivência ao corpo. As almas que se manifestam, nos revelam suas alegrias ou seus sofrimentos, segundo o modo por que empregaram o tempo de vida terrena; nisto temos a prova das penas e recompensas futuras. Descrevendo-nos seu estado e situação, as almas ou Espíritos retificam as idéias falsas que faziam da vida futura […]. Passando assim a vida futura do estado de teoria vaga e incerta ao de fato conhecido e positivo, aparece a necessidade de trabalhar o mais possível, durante a vida presente […] em proveito da vida futura […]. A demonstração da existência do mundo espiritual que nos cerca e de sua ação sobre o mundo corporal, é a revelação de uma das forças da Natureza e, por conseqüência, a chave de grande número de fenômenos até agora incompreendidos,tanto na ordem física quanto na ordem moral. (2)
III. ESTRUTURAÇÃO DO CURSO DE ESTUDO E PRÁTICA DA MEDIUNIDADE NA CASA ESPÍRITA
DA ORGANIZAÇÃO
De acordo com a estrutura administrativa da Casa Espírita, poderá constituir um Departamento, ou um Setor de outro Departamento (comumente do Doutrinário) da Instituição. Em ambos os casos, sua organização segue um esquema administrativo-pedagógico básico.
1. ORGANIZAÇÃO DOUTRINÁRIA E PEDAGÓGICA DO CURSO
O programa doutrinário e pedagógico do Curso é, em geral, definido pela direção do Centro Espírita, ouvindo a coordenação do Curso. Este Programa deve ser, necessariamente, compatível com o objetivo e com as diretrizes da Doutrina Espírita. É importante também a definição de critérios para a avaliação das ações desenvolvidas no Curso.
2. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CURSO
2.1 Atribuições do Coordenador Geral:
-
Administrar as atividades do Departamento ou Setor (supervisão, acompanhamento e avaliação de tarefas).
-
Coordenar as reuniões programadas para o Curso delegando-as ao coordenador adjunto, se necessário.
-
Elaborar, em conjunto com o coordenador adjunto, o plano anual de atividades, cronologicamente especificadas.
-
Acompanhar, em conjunto com o coordenador adjunto, a execução do plano anual de atividades, sugerindo medidas de avaliação e de replanejamento.
-
Elaborar relatório anual das atividades do Curso, encaminhando-o à direção da Casa Espírita.
-
Constituir o quadro de monitores de acordo com o número de turmas,em trabalho conjunto com o coordenador adjunto.
-
Fazer parte de uma reunião mediúnica da Casa Espírita.
-
Participar, junto com a equipe que coordena, dos cursos de capacitação doutrinário-pedagógica.
O Coordenador Adjunto trabalha em conjunto com o coordenador geral, em regime de parceria, substituindo-o nas suas ausências e impedimentos. Nas casas espíritas onde o Curso possui várias turmas, o coordenador ajunto é substituído por uma equipe ou conselho diretivo.
2.2 Atribuições dos Monitores:
-
Executar o plano anual de atividades, com assiduidade e pontualidade, seguindo o programa doutrinário definido pela direção da Casa Espírita.
-
Participar dos cursos de capacitação doutrinário-pedagógica e das reuniões programadas pela coordenação do Curso.
-
Seguir as diretrizes doutrinárias pedagógicas e administrativas do Curso, pré-estabelecidas.
-
Manter atualizado o registro de freqüência de sua turma, assim como anotar as causas de evasão dos participantes.
-
Fazer parte de uma reunião mediúnica da Casa Espírita.
-
Comunicar ao coordenador ou, na ausência deste, ao coordenador adjunto, as dificuldades encontradas na execução das suas atividades.
-
Comunicar impedimentos com antecedência.
2.3 Atribuições dos participantes:
-
Freqüentar as reuniões de estudo com assiduidade e pontualidade.
-
Justificar, junto ao seu monitor, as faltas e os atrasos.
-
Expor ao monitor as dificuldades de aprendizado.
-
Seguir as orientações de funcionamento do Curso.
-
Participar de atividades extraclasse.
-
Participar de reuniões indicadas no plano anual de atividades.
2.4 Atribuições do Pessoal de apoio:
2.4.1 Secretaria:
-
Elaborar fichas de inscrição e efetuar a matrícula dos participantes.
-
Manter atualizados os dados cadastrais e de freqüência dos matriculados no Curso.
-
Informatizar dados e arquivar documentos relativos ao Curso.
-
Elaborar quadros demonstrativos de freqüência dos participantes do Curso.
-
Elaborar a listagem dos integrantes do Curso (coordenadores, monitores, pessoal de apoio e matriculados) com os seguintes dados: nome, endereço e telefone.
-
Entregar ao coordenador, monitores e pessoal de apoio a listagem com os dados dos integrantes do Curso.
-
Participar das reuniões indicadas pela coordenação.
-
Atender às solicitações dos monitores, relativas à reserva e instalação de equipamentos, fotocópias de materiais, entre outros.
2.4.2 Biblioteca:
-
Organizar o acervo bibliográfico, de acordo com as referências indicadas no programa do Curso.
-
Organizar e manter atualizados os dados cadastrais dos usuários, elaborando, se for o caso, fichas de empréstimo.
-
Arquivar materiais didáticos utilizados nas aulas, colocando-os à disposição da coordenação e dos monitores do Curso.
-
Organizar espaço físico adequado, no caso de opção pelo sistema de consulta por parte dos usuários.
3. DA AVALIAÇÃO
É importante a definição de critérios para a avaliação das ações desenvolvidas no Curso. Como a avaliação não é um fim, mas um meio que permite verificar até que ponto os objetivos do Curso estão sendo alcançados, deve envolver coordenadores, monitores, pessoal de apoio e participantes (alunos). A avaliação do Estudo e Prática da Mediunidade deve ser concebida, tendo em vista as várias habilidades e competências envolvidas na aprendizagem: desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e social dos participantes. No processo de ensino-aprendizagem espírita, a avaliação focaliza também os aspectos moral e espiritual dos participantes do Curso. A avaliação é realizada por meio de instrumentos de avaliação, tais como: questionários, questões de múltipla escolha, instruções para escrever, resumir, desenhar; dissertações, relatos, ilustrações por meio de exemplos; estudo de caso, análise de situações-problema etc.
IV. CAPACITAÇÃO DE MONITORES DO CURSO DE ESTUDO E PRÁTICA DA MEDIUNIDADE
Os monitores do Curso devem ser continuamente capacitados, tendo em vista a necessidade de atualização doutrinário-pedagógica e a execução de atividades decorrentes do replanejamento do Curso. As reuniões de capacitação de monitores têm como objetivos:
-
Aprofundar o conhecimento de temas espíritas.
-
Desenvolver o gosto pelo estudo espírita, integrando o conhecimento adquirido nas ações cotidianas.
-
Identificar e corrigir erros e obstáculos à aprendizagem.
-
Apoiar a construção, o planejamento e o replanejamento de dispositivos e seqüências didáticas necessárias à melhoria do Curso.
-
Desenvolver projetos de atividades extraclasse; de avaliação do ensino-aprendizagem e de autoavaliação; de seminários, simpósios, painéis, entre outras.
-
Auxiliar a integração dos participantes dos cursos nas atividades da Casa Espírita.
-
Saber dinamizar as aulas por meio da utilização de técnicas pedagógicas de recursos audiovisuais e de instrumentos de multimídia.
As reuniões de capacitação de monitores são, basicamente, de duas modalidades: uma semanal, voltada para o aprendizado contínuo, outra semestral, decorrente do processo avaliativo e de replanejamento.
CAPACITAÇÃO SEMANAL DE MONITORES
Um dia na semana deve ser reservado para uma reunião de educação continuada com os monitores e estagiários dos Curso, prevenindo, desta forma, os inconvenientes do ensino estereotipado ou padronizado. O programa desta reunião, previamente elaborado pela coordenação do Curso — atendendo, tanto quanto possível, às sugestões dos. monitores —, deve abranger conteúdos espíritas, pedagógicos e administrativos, que serão abordados, seqüencialmente, em reuniões específicas.
CAPACITAÇÃO SEMESTRAL
A capacitação semestral dos monitores, em geral ocorrida no início do semestre letivo, é idealizada sob a forma de mini-cursos ou simpósios. São encontros direcionados para a resolução de dificuldades surgidas no processo de ensino-aprendizagem. Por exemplo, pode-se planejar a realização de um simpósio, ou de uma oficina pedagógica, para analisar e sanar dificuldades de relacionamento existentes entre monitores e participantes do Curso.
Os futuros monitores, na categoria de estagiários, são também capacitados nesses cursos.
V. CURSO DE ESTUDO E PRÁTICA DA MEDIUNIDADE — PROGRAMA DA FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA / FEB
DOS FUNDAMENTOS
O Curso está assentado em dois fundamentos básicos, que constituem os seus referenciais: a) conhecimento doutrinário, extraído das obras codificadas por Allan Kardec, e, das suplementares a estas, de autoria de Espíritos fiéis às orientações da Doutrina Espírita; b) conduta espírita, ética e moral, segundo as orientações de Jesus, contidas no seu Evangelho. As suas diretrizes estão, pois, fundamentadas em Kardec e em Jesus, compreendendo-se que a prática mediúnica, sem orientação doutrinária espírita e sem o esclarecimento do Evangelho, não conduz aos objetivos propostos para o Curso.
DAS FINALIDADES
-
Seguir, na medida do possível, a orientação de O Livro dos Espíritos, questão 685. Não nos referimos, porém, à educação moral pelos livros e sim à que,consiste na arte de formar os caracteres, à que incute hábitos, porquanto a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos.
-
Preparar o trabalhador para exercer a mediunidade de forma natural, como é preconizada pela Codificação Espírita, em qualquer situação e plano da vida, e não apenas nas reuniões mediúnicas. Neste sentido, é importante resgatar o seguinte conceito de médium, existente em O Livro dos Médiuns: Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. (3)
DOS OBJETIVOS
Programa I
-
Propiciar conhecimento aprofundado da Doutrina Espírita, com enfoque no estudo da mediunidade.
-
Favorecer o desenvolvimento natural das faculdades psíquicas do participante, por meio de exercícios específicos.
Programa II
-
Ensejar um estudo mais aprofundado da mediunidade, tendo em vista a formação ética, moral e intelectual dos participantes.
-
Favorecer o desenvolvimento e a educação das faculdades mediúnicas do candidato à prática mediúnica.
DA ORGANIZAÇÃO
O Curso do Estudo e Prática da Mediunidade, proposto pela FEB, está organizado em dois programas de estudo: Programa I e Programa II. O conteúdo teórico e prático dos dois programas está estruturado em “Módulos de Estudo” subdivididos em quatro partes, didaticamente coordenadas entre si:
a) Fundamentação Espírita
b) Prática
c) Atividade Complementar
d) Culminância do Módulo
Esta subdivisão apresenta as seguintes características:
Fundamentação Espírita: Trata-se do referencial doutrinário em termos de conhecimento espírita, considerado necessário ao estudo e à pratica da mediunidade, e ao desenvolvimento psíquico da pessoa.
Prática: No Programa I esta parte é constituída de exercícios voltados para o aperfeiçoamento afetivo, emocional e comportamental (maneira correta de orar, irradiação mental, harmonização e percepção psíquica). Como no Programa II há reuniões mediúnicas, propriamente ditas, a prática é supervisionada por monitores e colaboradores mais experientes neste gênero de tarefa.
Atividade Complementar (facultativa): É uma atividade desenvolvida pelos participantes com a finalidade de: a) ampliar o conhecimento doutrinário - por meio de apresentações que caracterizem o desenvolvimento do hábito de ler e estudar obras espíritas; b) aprender elaborar resumos de textos e livros.
Culminância do Módulo: É uma atividade de fechamento dos assuntos estudados no Módulo, procurando compatibilizar a fundamentação espírita estudada e os exercícios de desenvolvimento psíquico.
Os conteúdos teóricos e práticos dos Módulos de Ensino, em ambos os programas, podem ser observados na tabela abaixo.
Programa I
FUNDAMENTAÇÃO ESPÍRITA DOS MÓDULOS | Pontos Principais da Doutrina Espírita |
FUNDAMENTAÇÃO | Introdução ao estudo da mediunidade | PARTE PRÁTICA (EXERCÍCIOS) Prece: conceito, benefícios e maneira correta de orar |
FUNDAMENTAÇÃO | A prática mediúnica | PARTE PRÁTICA (EXERCÍCIOS) Irradiação: conceito e benefícios |
FUNDAMENTAÇÃO | Mediunidade, obsessão, desobsessão | PARTE PRÁTICA (EXERCÍCIOS) Harmonização psíquica: importância e requisitos necessários para promover o equilíbrio espiritual |
FUNDAMENTAÇÃO | A vida no Mundo Espiritual | PARTE PRÁTICA (EXERCÍCIOS) Percepção psíquica de sensações, sentimentos e emoções |
Programa II
FUNDAMENTAÇÃO ESPÍRITA DOS MÓDULOS | As reuniões mediúnicas | Allan Kardec e a Codificação Espírita | A experimentação mediúnica | Os tipos comuns de mediunidade | Faculdades mediúnicas incomuns | Os Espíritos comunicantes.
PARTE PRÁTICA (EXERCÍCIOS) São oferecidas condições para o desenvolvimento harmônico: a) da faculdade mediúnica, em quem possua condições naturais para tal; b) de outras faculdades psíquicas, tais como: percepção espiritual; irradiação do pensamento; concentração mental; sintonia com benfeitores; equilíbrio espiritual, etc. |
PRÉ-REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO E FREQUÊNCIA AO CURSO
ENTREVISTA
Todos os interessados em participar do Curso são, previamente, entrevistados pela Coordenação, para verificar se os pré-requisitos para a inscrição e freqüência estão sendo atendidos. É também uma oportunidade para esclarecer os inscritos sobre os objetivos e as condições de funcionamento do Curso.
Referências:
1. KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução de Guillon Ribeiro. 73. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. Introdução, p. 13-16.
2. Idem - O Que é o Espiritismo. 50. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. Capítulo II (Noções Elementares do Espiritismo), item 100 (Conseqüências do Espiritismo), p. 186-189.
3. Idem - O Livro dos Médiuns. Tradução De Guillon Ribeiro. 73. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. Capítulo XIV (Dos Médiuns), item 159, p. 203.