Francisco LOBO DA COSTA. — De família humilde, órfão em tenra idade,
o poeta romântico do Sul, no dizer de Edgard Cavalheiro (Pan. II, pág.
298), já aos doze anos cantava em versos a retomada de Uruguaiana. Colaborou
nos jornais mais importantes de sua terra, e foi sócio do “Pártenon
Literário”. Não conseguindo matricular-se na Faculdade de Direito de
S. Paulo, veio a residir por algum tempo em Florianópolis, onde se entregou
à bebida, que lhe aniquilou o corpo físico. Definiu-o João Pinto da
Silva (História Lit. R. G. S., pág. 43) como “o intérprete inspirado
do pensamento e dos sentimentos do povo, em face do Amor e do Infortúnio”.
E a respeito de sua poesia assim se expendeu Guilhermino César (Hist.
da Literatura R. G. S., pág. 233): “A sua forma, tão espontânea,
era às vezes muito descuidada, mas Lobo da Costa possuía, como poucos,
senso musical e bom gosto inato.” (Pelotas, Rio Grande do Sul, 12 de
Julho de 1853 — Aí desencarnou em 19 de Junho de 1888.)
BIBLIOGRAFIA: Auras do Sul; Dispersos; O Filho das Ondas; Flores do Campo. ( † )
LOBO DA COSTA, Francisco: Embora tenha escrito um romance e alguns dramas, foi sobretudo poeta, e de felicíssima inspiração. Cultivou com frequência — di-lo Guilhermino César — “o gosto do poema longo, o lirismo amoroso e a sátira rimada”. Ingressou no jornalismo aos 16 anos, colaborando em todas as publicações importantes de sua terra natal. Patrono nas Academias Riograndense de Letras e Sul-Riograndense de Letras. BIBLIOGRAFIA: Lucubrações, Mariposas, Rosas Pálidas, Auras do Sul, etc. (Pelotas, RS 12 de Julho de 1853 — Pelotas, RS, 19 de Junho de 1888.) (19 de Junho é a data certa de sua desencarnação. Veja-se o “Correio Mercantil”, de Pelotas, em 20 de Junho de 1888). ( † )