“Vossa Terra é, pois, um lugar de alegria, um paraíso de delícias? A voz do profeta não ressoa mais aos vossos ouvidos? … Qual remédio, pois, recomendar àqueles que estão atacados de obsessões cruéis e de males cruciantes? Um só é infalível: a fé, o olhar para o Céu. Se no acesso dos vossos mais cruéis sofrimentos, vossa voz cantar ao Senhor, o anjo à vossa cabeceira, de sua mão vos mostrará o sinal de salvação e o lugar que deveis ocupar um dia…” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Edição IDE, Cap. V, item 19).
Já há alguns meses, lutando pela minha recuperação de saúde, via-me impossibilitada de viajar. Atenta às receitas médicas, explodia, dentro de mim, tamanha fé, que haveria de conseguir algo muito especial em meu favor.
Tenho certeza de que fui ouvida pelos benfeitores do Mais Alto. Com dois pequeninos potes, os quais me foram entregues pelas mãos abençoadas de nosso querido e abnegado médium Chico Xavier, tratei de seguir, à risca, todos os detalhes de como usá-los. Por nenhum segundo me desesperei, mas conversei muito com Jesus, pedindo que me fosse dada a oportunidade da cura e que, se estivesse em condições espirituais de recebê-la, tentaria me desdobrar nos trabalhos à causa do bem comum. Foi com muita fé que, em sessenta e oito dias, terminei o tratamento. No décimo primeiro dia de uso do medicamento, já não sentia mais o que me impedia de qualquer atividade, mesmo as mais simples.
Sei que muitos estão pensando que o que me aconteceu foi pura sugestão, mas, pela maneira com que voltei às minhas atividades normais e, até com muito mais vontade de trabalhar, só posso resumir o que me aconteceu com estas palavras: “Aquele que crê em mim, renascerá.”
Sei, também, que este benefício imenso que me foi concedido, terá que ser pago com muito trabalho, muita lágrima a estancar e muitas horas de simples palavras que terão que sair de dentro de meu coração e penetrar em corações desesperados e desesperançados. Agradeço, meu Deus, pois não mereço tanto e tentarei entregar, ao meu próximo, alguma coisa do muito que recebi.
Na mensagem de meu querido filho, que virá em seguida, notem e analisem o detalhe: “quem se atrasou anteontem…” Isso é, exatamente, o que devemos tentar fazer após o chamado, ou seja, correr sem perda de tempo; muito há para se fazer e não devemos deixar para depois. Procuremos refletir muito e conscientizarmo-nos do trabalho que está à nossa espera.
Será que todos entendem o privilégio e o alerta de uma mensagem? Vejam a observação que Laurinho faz quando se refere ao “uso de lápis e papel pelos desencarnados”.
Talvez, a “barra pesada que carregamos nos ombros”, sejam criaturas que não acordaram, ainda, com os esclarecimentos vindos do Mais Alto.
É notório que, às vezes, o desânimo, por força de sofrimentos diversos, nos bata à porta porque somos, ainda, muito imperfeitos, mas devemos ter sempre em mente a receita certa: “pensamento positivo na certeza do bem”.
Atentem para a carta que vem a seguir, observando, com cuidado, as entrelinhas e o significado profundo de cada afirmativa. Laurinho! Sempre você, meu filho, nos socorre em tudo e, ao nosso lado, nos proporciona o maior apoio no trabalho da elevação espiritual e do bem comum!
Priscilla Pereira da Silva Basile