Verdade e amor — Autores diversos


Capítulo 11


Meu filho n

Versos a um Espírito amado, que foi meu filho em outras reencarnações e que reencontrei, agora, mudo e cego desde o berço, em tarefa expiatória, por abusos da inteligência. Uberaba (MG), [19…?].


Filho meu de outro tempo, armei-te de ouro e lança,
Exortei-te a sonhar: “ama, constrói, ensina!…”
E transformaste o mundo em presença assassina;
Vejo-te a trilha em fogo onde a memória alcança.


Quis ver-te reencarnado… o amor jamais descansa,
E achei-te — águia enjaulada em gaiola mofina —
Cego e mudo a esmolar e a gemer em surdina,
Trazes luto no peito e chagas na lembrança!…


Chorei ao reencontrar-te em provações supremas…
Louvo, entanto, meu filho, as ríspidas algemas
Da dor a nos zurzir, ao redor dos teus passos! …


O pranto lavará nossas culpas longevas,
E, um dia, subirás da humilhação nas trevas
Para a bênção da luz na concha dos meus braços.

Epiphanio Leite



[1] Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas, foi publicada originalmente em 1968 pela FEB e é a 56ª lição do livro “Luz no lar.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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