Taça de luz — Autores diversos


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Se semeias  n

( † )

1 Se semeias com amor, não te espante a terra eriçada de espinhos…


2 Que seria da lavoura sem o arado firme e prestimoso, que opera a renovação? Que seria da vida, sem a persistência da boa vontade?

3 Ergue-te cedo, cada dia, e espalha os grãos do entendimento e do serviço.

4 Provavelmente, surgirão, cada hora mil surpresas inquietantes. As ruínas consequentes do temporal, o bote da serpe oculta, os seixos pontiagudos da estrada, a soturna visão do pântano, a guerra sem tréguas contra os animálculos daninhos, os calos dolorosos das mãos e dos pés, a expectativa torturante, são o que vive em sua luta [diária] o semeador que se decide a trabalhar…


5 Recompensas? Não aguardes a remuneração da Terra.
O mundo está repleto de bocas famintas que devoram o pão, sem cogitar dos sacrifícios ou das lágrimas que lhe deram origem.

6 Enquanto peregrinares entre os homens, o teu prêmio virá do perfume das flores, da luminosa vestidura da paisagem ou do caricioso beijo do vento.


7 Se semeias com amor, não indagues de causas. Consagra-te ao esforço do bem, para que o solo se renove e produza.

8 Compadece-te da terra sem água.
Não desampares o deserto.

9 Não te irrite o charco.
Ajuda sempre.

10 A felicidade vem do amor, o progresso vem da cooperação.


11 A lavoura do espírito é semelhante ao amanho do campo.

12 Auxilia sem cessar…
Se semeias com amor, jamais desanimes, porque se é teu o trabalho do plantio, a semente, o crescimento e a frutificação pertencem ao Divino Semeador, que nunca se cansa de semear.


Emmanuel



Psicografia em Reunião Pública.
Data — 1956.
Local — Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas.


 [1] Essa mensagem, que no livro impresso traz a rubrica de Emmanuel, na verdade pertence a Francisco Malhão, foi publicada originalmente em 1951 pela FEB e é a 25ª lição do livro “Falando à Terra.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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