Estejamos convencidos de que ainda nos achamos a longa distância do convívio com os eleitos da Vida Celeste; entretanto, pelo chamamento da fé viva que hoje nos traz ao conhecimento superior, guardemos a certeza de que já somos os escolhidos:
para a regeneração de nós mesmos;
para o cultivo sistemático [diário] e intensivo do bem;
para o esquecimento de todas as faltas do próximo, de modo a recapitular com rigor as nossas próprias imperfeições, redimindo-as;
para o perdão incondicional, em todas as circunstâncias da vida;
para a atividade infatigável na confraternização verdadeira;
para auxiliar aos que erram;
para ensinar aos mais ignorantes que nós [mesmos];
para suportar o sacrifício, no amparo aos que sofrem, ainda sem a força da fé renovadora que já nos robustece o espírito;
para servir, além de nossas próprias obrigações, sem direito à recompensa;
para compreender os nossos irmãos de jornada evolutiva, sem exigir que nos entendam;
para apagar as fogueiras do ódio e da incompreensão, ao preço de nossa própria renúncia;
Lembremo-nos igualmente das cousas que nos ajudam…
O livro prestimoso…
A mesa sábia e humilde…
A água muda e calma…
A fronde refrescante…
O fruto valioso…
O leito doce amigo…
O ar que purifica…
A terra que sustenta…
A luz que aperfeiçoa…
É imprescindível descerrar a visão para o tesouro celestial que nos enriquece as horas se realmente anelamos o contato com aqueles benfeitores que nos estendem as mãos de Mais Alto…
Para isso, faze de teu lar o jardim sereno e belo onde gentileza se irradie de teu espírito, perfumando o ambiente que te rodeia…
Para isso, deixa que as correntes cristalinas do otimismo te banhem o coração, para que a tua palavra traduza para os outros paz e alegria, esperança e reconforto.
Os Emissários do Bem sem dúvida brilham ainda, distantes da sombra em que a Humanidade tece o escuro fio de suas aflitivas paixões, entretanto, agradecendo o bem que te cerca, acenderá a luz da compreensão em ti próprio, e, através da compreensão pura e simples, recolherás em silêncio, o apelo silencioso e sublime dos mensageiros do Céu que te convidam à festa do amor, ainda na Terra, que então se converterá para a tua alma em degrau milagroso da Divina Ascensão.
Emmanuel
(Psicografado em 16/8/1954, no Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais.)
Essa mensagem, diferindo muito nas palavras marcadas e [entre colchetes] foi publicada em outubro de 1956 pela FEB no Reformador e é também a 344ª lição do 1º volume do livro “O Evangelho por Emmanuel.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.