1 Estejamos convictos de que ainda nos achamos a longa distância do convívio com os eleitos da Vida Celeste; entretanto, pelo chamamento da fé viva que hoje nos traz ao conhecimento superior, guardemos a certeza de que já somos os escolhidos:
2 para a regeneração de nós mesmos;
3 para o cultivo sistemático diário e intensivo do bem;
4 para o esquecimento de todas as faltas do próximo, de modo a recapitular com rigor as nossas próprias imperfeições, redimindo-as;
5 para o perdão incondicional, em todas as circunstâncias da vida;
6 para a atividade infatigável na confraternização verdadeira;
7 para auxiliar aos que erram;
8 para ensinar aos mais ignorantes que nós mesmos;
9 para suportar o sacrifício, no amparo aos que sofrem sem a graça da fé renovadora que já nos robustece o espírito;
10 para servir, além de nossas próprias obrigações, sem direito à recompensa;
11 para compreender os nossos irmãos de jornada evolutiva, sem exigir que nos entendam;
12 para apagar as fogueiras da maledicência e do ódio, da discórdia e da incompreensão, ao preço de nossa própria renúncia;
13 para estender a caridade sem ruído, como quem sabe que ajudar aos outros é enriquecer a própria existência;
14 para persistir nas boas obras sem reclamações e sem desfalecimentos, em todos os ângulos do caminho;
15 para negar a nossa antiga vaidade e tomar, sobre os próprios ombros, cada dia, a cruz abençoada e redentora de nossos deveres, marchando, com humildade e alegria, ao encontro da vida sublime…
16 A indicação honrosa nos felicita.
17 Nossa presença nos estudos do Evangelho expressa o apelo que flui do Céu no rumo de nossas consciências.
18 Chamados para a luz e escolhidos para o trabalho. Eis a nossa posição real nas bênçãos do “hoje”. E se quisermos aceitar a escolha com que fomos distinguidos, estejamos certos igualmente de que em breve “amanhã” comungaremos felizes com o nosso Mestre e Senhor.
Emmanuel
Psicografia em Reunião Pública.
Data — 16-8-1954.
Local — Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas.
[1] Essa mensagem foi publicada em outubro de 1956 pela FEB no Reformador e é também a 344ª lição do 1º volume do livro “O Evangelho por Emmanuel.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.