Moradias de Luz — Autores diversos


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Supérfluo n

Por toda parte da Terra, vemos o fantasma do supérfluo enterrando a alma do homem no sepulcro da aflição.
Supérfluo de dinheiro gerando intranquilidade…
Supérfluo de posses estendendo a ambição…
Supérfluo de preocupações imaginárias, abafando a harmonia…
Supérfluo de indagações empanando a fé…
Supérfluo de convenções expulsando a caridade…
Supérfluo de palavras destruindo o tempo…
Supérfluo de conflitos mentais determinando a loucura
Supérfluo de alimentação aniquilando a saúde…
Supérfluo de reclamações arrasando o trabalho…


Entretanto, se o homem vivesse de acordo com as próprias necessidades, sem exigir o que ainda não merece, sem esperar o que lhe não cabe, sem perguntar fora de propósito e sem reprovar nos outros aquilo que ainda não retificou em si mesmo, decerto, a existência na Terra estaria exonerada de todos os tributos que aí se paga [quase] diariamente à perturbação.

Se procuras no Cristo o mentor de cada dia, soma as tuas possibilidades no bem, subtrai as próprias deficiências, multiplica os valores do serviço e da boa vontade e divide o amor para com todos, a fim [de que os que te cercam] de que aprendas com a vida o que te convém realmente à própria segurança.

O problema da felicidade não está em sermos possuídos pelas posses humanas, quaisquer que elas sejam, mas, em possuí-las, com prudência e serenidade, usando-as no bem de todos que é o nosso próprio bem.

Alija o supérfluo de teu caminho e acomoda-te com o necessário à tua paz.

Somente assim encontrarás em ti mesmo o espaço mental indispensável à comunhão pura e simples com o nosso Divino Mestre e Senhor.


Emmanuel



[1] Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi publicada originalmente em 1971 pela editora GEEM e é a 12ª lição do livro “Plantão da paz.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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