1 Por toda parte na Terra, vemos o fantasma do Supérfluo enterrando a alma do homem no sepulcro da provação.
2 Supérfluo de posses estendendo a ambição…
3 Supérfluo de dinheiro gerando intranquilidade…
4 Supérfluo de preocupações imaginárias abafando a harmonia…
5 Supérfluo de indagações empanando a fé…
6 Supérfluo de convenções expulsando a caridade…
7 Supérfluo de palavras destruindo o tempo…
8 Supérfluo de conflitos mentais determinando o desequilíbrio…
9 Supérfluo de alimentação aniquilando a saúde…
10 Supérfluo de reclamações arrasando o trabalho…
11 No entanto, se o homem vivesse de acordo com as próprias necessidades, sem exigir o que ainda não merece, sem esperar o que não lhe cabe, sem perguntar fora do propósito e sem reprovar nos outros aquilo que ainda não retificou em si mesmo, decerto a existência na Terra estaria exonerada da grande maioria dos tributos que aí se pagam quase diariamente à perturbação.
12 Se procuras no Cristo o mentor de cada dia, soma as tuas possibilidades no bem, subtrai as próprias deficiências, multiplica os valores do próprio serviço e divide o amor para com todos, a fim de que os que te cercam aprendam com a vida o que convém realmente à própria segurança.
13 O problema da felicidade não está em sermos possuídos pelas posses humanas, quaisquer que elas sejam, mas em possuí-las, com prudência e serenidade, usando-as no bem para os semelhantes, que resultará sempre em nosso próprio benefício.
14 Alija o supérfluo de teu caminho e acomoda-te com o necessário à tua paz.
15 Somente assim encontrarás em ti mesmo o espaço mental indispensável à comunhão clara e simples com o nosso Divino Mestre e Senhor.
Emmanuel
[1] Essa mensagem foi publicada originalmente em 1971 pela editora GEEM e é a 12ª lição do
livro “Plantão da paz.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.
