Cada livro edificante é porta libertadora.
O livro espírita, entretanto, emancipa a alma, nos fundamentos da vida.
O livro científico livra da incultura, mas o livro espírita livra da crueldade, para que os louros intelectuais não se desregrem na delinquência.
O livro filosófico livra do preconceito, no entanto, o livro espírita livra da divagação delirante, a fim de que a elucidação não se converta em palavras inúteis.
O livro piedoso livra do desespero, mas o livro espírita livra da superstição, para que a fé não se abastarde em fanatismo.
O livro jurídico livra da injustiça, no entanto, o livro espírita livra da parcialidade, a fim de que o direito não se faça instrumento de opressão.
O livro técnico livra da insipiência, mas o livro espírita livra da vaidade, para que a especialização não seja manejada em prejuízo dos outros.
O livro de agricultura livra do primitivismo, no entanto, o livro espírita livra da ambição desvairada, a fim de que o trabalho da gleba não se envileça.
O livro de regras sociais livra da rudeza de trato, mas o livro espírita livra da irresponsabilidade que, muitas vezes, transfigura o lar em atormentado reduto de sofrimento.
O livro de consolo livra da aflição, no entanto, o livro espírita livra do êxtase inoperante, para que o reconforto não se acomode em preguiça.
O livro de informações livra do atraso, mas o livro espírita livra do tempo perdido, a fim de que a hora vazia não nos arraste à queda em dívidas escabrosas.
Amparemos o livro respeitável, que é luz de hoje, no entanto, auxiliemos e divulguemos, quanto nos seja possível o livro espírita, que é luz de hoje, amanhã e sempre.
O livro nobre livra da ignorância, mas o livro espírita livra da ignorância e livra do mal.
Emmanuel
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas, foi publicado em 1987 pela editora CEU e é a 14ª lição do livro “Doutrina e Vida.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.