“E digo-vos que tudo aquilo que me confessam diante dos homens, também o Filho do Homem o confessará, diante dos anjos de Deus.” — Jesus (Lucas, 12.8)
Muitos companheiros de labor evangélico supõem que confessar o Mestre se resume tão somente numa profissão de fé por intermédio das palavras.
Para a demonstração de que aderimos sinceramente a Jesus, bastaria subir à uma tribuna ou discutir, acaloradamente, com alguns amigos que ainda não nos conseguem compreender?
Semelhante confissão tem sido o objetivo da maioria dos discípulos, através dos tempos, mas uma atitude desassombrada é uma das faces da realização, sem constituir, porém, o seu precioso conjunto.
Confessar o Cristo, diante dos homens, é revelar-Lhe a Luz e o Poder em ações de amor e desprendimento que os homens vulgares ainda não conhecem.
Não será instituir convicções apressadas nos outros, mas pautar a vida em plano superior e diferente, de sorte que os espíritos mais frágeis ou levianos possam encontrar, junto de nossa alma, algo de mais elevado que não sentem noutros lugares e situações do mundo.
Não é fácil revelar Jesus entre as comunidades terrestres, quando sabemos que Ele próprio foi por elas conduzido à cruz do martírio, mas é dessa confissão que a Sua palavra persuasiva nos fala no Evangelho da Verdade e do Amor.
É justo se precate o discípulo contra o perigo de uma obsessão verbal, sem a participação de suas energias interiores.
O Senhor deseja ser confessado pelos seus continuadores nas estradas do mundo, mas esse ato não será apenas por palavras e, sim, por todas as demonstrações vivas do coração.
Emmanuel
[1] Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas, foi publicada pela FEB no Reformador em janeiro 1942 e é a 104ª lição do 3º volume do livro “O Evangelho por Emmanuel.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.