“Pois se nem ainda podeis com as coisas mínimas, porque estais ansiosos pelas outras?” — (Lucas 12.26)
Pouca gente conhece a importância da boa execução das cousas mínimas.
Há homens que, com falsa superioridade, zombam das tarefas humildes, como se não fossem imprescindíveis ao êxito dos trabalhos de maior envergadura.
Um sábio não poderá esquecer que, um dia, necessitou aprender com as letras simples do alfabeto.
Além disso nenhuma obra poderá ser perfeita, se os detalhes não foram considerados e compreendidos.
De modo geral, o homem está sempre atarefado com as situações de grande evidência, com os destinos dramáticos e empolgantes.
Destacar-se, entretanto, exige sempre muitos cuidados.
Os espinhos também se destacam, as pedras salientam-se na estrada comum.
Convirá, desse modo, atender-se a todas as cousas mínimas da senda que Deus nos reservou, para que a nossa ação se destaque com real proveito à vida.
A sinfonia estará perturbada se faltou uma nota, o poema é confuso quando se omite um verso.
Cuidemos das cousas pequeninas. Elas são parte integrante e inalienável dos grandes feitos.
Compreendendo a importância disso, o Mestre nos interroga no Evangelho de Lucas:
“Pois se nem podeis ainda com as cousas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?”
Emmanuel
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas, foi publicado em 1948 pela FEB e é a 31ª lição do livro “Caminho, verdade e vida.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.