Onde estiveres, faze claridade em ti mesmo, para que a treva desça de nível.
Só a luz desintegrará na Terra as cristalizações da sombra, em que a ignorância e a penúria tecem [escuro] ninho à inquietação e ao sofrimento.
Não te encarceres, porém, na feição unilateral do grande problema.
Educação, em boa síntese, é luz que circula vitoriosa do sentimento ao raciocínio, sustentando o equilíbrio entre o cérebro e o coração.
A Ciência constrói a Medicina.
A compreensão humana faz o médico.
As letras erguem o magistério.
A consagração ao ensino gera o professor.
A técnica estende os patrimônios da indústria.
O devotamento ao trabalho levanta os missionários do progresso.
A Teologia plasma a Religião.
As virtudes da fé, realmente vividas, erigem o pastor.
A Universidade lavra diplomas.
A escola do exemplo, nos testemunhos de elevação dentro da luta cotidiana, forma os verdadeiros servidores do mundo.
Não prescindimos da instrução.
Mas não honraremos o pensamento claro e nobre sem o acrisolamento espiritual.
A ideia esclarece.
O sentimento cria.
A palavra edifica.
O exemplo arrasta.
É por isso que Jesus, exalçando a sabedoria, não olvidou a prática do amor.
Aprendamos servindo.
Essa é a única fórmula capaz de reunir-nos ao Mestre que procuramos.
Muitos possuem ouro e prata…
Muitos detêm a cultura…
Muitos guardam a bondade…
Muitos dispõem do poder…
Mas não sabem acender a luz em si próprios, riqueza e inteligência, afetividade e dominação não lhes servem, por vezes, senão como vasto pedregulho no campo da experiência.
Entesoura, [pois,] no cérebro a ciência que te ilumine, mas inflama de amor o coração que te pulsa no peito, porque somente assim farás da própria vida a estrela de serviço e de fé, guiando-te a alma em triunfo para além das sombras que enxameiam nos valores da provação e da morte.
Emmanuel
[1] Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi publicada originalmente em 1970 pela FEB e é a 43ª lição do livro “Correio fraterno.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.