Chico no Monte Carmelo — Autores diversos — 2ª Parte


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Doença e remédio n

No trato com as chagas da ignorância, na esfera da Humanidade, quais sejam a incompreensão e o crime, a crueldade e a rebeldia, anotemos a conduta da Misericórdia Divina no quadro das doenças terrestres.

Porque alguém acuse os reflexos tóxicos dessa ou daquela enfermidade, não sofre condenação a permanente desajuste. Recebe a atenção da ciência, que lhe examina as possibilidades de cura ou melhoria.

Porque o médico deve tocar detritos com tumores, não lhe impele a saúde, à perturbação e ao relaxamento. Calça-lhe luvas protetoras.

Porque processos infecciosos alterem a constituição celular nessa ou naquela parte da província corpórea, não sentencia a zona atacada à simples extirpação. Oferta-lhe recursos adequados para que elimine a infestação virulenta.

Se grandes lesões comparecem na estrutura do carro físico, ameaçando-lhe a segurança, traça o plano necessário à intervenção cirúrgica, mas não deixa o doente a insular-se no desespero, estendendo-lhe à dor o amparo da anestesia.

Se moléstias epidêmicas surgem, insidiosas, distribui a vacinação que susta o contágio.


Vemos, assim, que a Lei de Deus não se conforma com o mal, contudo, opõe-lhe, a cada instante, o socorro do bem, anulando-lhe a força.

Dessa forma, se os agentes da lama se te infiltram no passo, exibindo aos teus olhos perigosas ações de discórdia e infortúnio naqueles que mais amas, não podes realmente acomodar-te aos golpes com que [te] impelem, rudes, à imersão na maldade, mas podes esparzir a água viva do amor, ajudando em silêncio as vítimas da treva que tombam sem saber que se arrastam no lodo.

Usa, pois, cada hora, a compaixão sem termos e o perdão sem limites, porque o próprio Jesus, perante os nossos males, exclamou complacente: — “Em verdade, eu não vim para curar os sãos”.  ( † )


Emmanuel



(Mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião pública da noite de 22 de dezembro de 1958, no “Centro Espírita Humildade, Amor e Luz”, na cidade de Monte Carmelo — Minas Gerais).


[1] Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes] foi publicada em maio de 1960 pela FEB no Reformador e é também a 7ª lição do 2º volume do  livro “O Evangelho por Emmanuel”. Ela foi publicada também em 1986 pela CEU e é a 18ª lição do livro “Canais da vida” e só posteriormente, em 2002, veio a lume no presente livro, editado pela UEM. — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.


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