Chico Xavier — Mandato de amor — Autores diversos — 2ª Parte


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Companheiros da Doutrina  n

(Aos companheiros da Doutrina)

1 Examinada de perto,
A luz de nossa doutrina
É sempre a lição que ensina
A paz do caminho certo.


2 Necessário é discernir
A mistura, a ganga, o véu.
Muita vez a água do céu
Torna-se em lama ao cair.


3 O mal vem de ouvidos moucos.
Ou de olhos enevoados.
Há sempre muitos chamados,
Escolhidos? Muito poucos!


4 Verdade é que o coração
Que abraça a nossa doutrina,
Penetra numa oficina
De esforço, de luta e ação.


5 Já não deve andar a esmo
Nas estradas da ilusão,
Mas, buscando a perfeição
Na perfeição de si mesmo.


6 Por isso, a nossa divisa
É oração e vigilância
No Bem que é a substância
Da crença que realiza.


7 No Evangelho de Jesus
Feliz quem pode guardar
A força de realizar
Os grandes feitos da luz.


8 E que em vosso coração
Viva o labor profundo
D’Aquele que é a Luz do Mundo
É o meu desejo de irmão.


Casimiro Cunha



(Poesia recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, na sede da União Espírita Mineira, ao ensejo das conferências do professor Leopoldo Machado, subordinadas ao tema “Das responsabilidades dos espíritas do Brasil” em 23 de junho de 1938.  Fonte: “O Espírita Mineiro”, número 36, julho de 1938.)


[1] O título entre parênteses é o mesmo da poesia original publicada em 1931 pela FEB, seu conteúdo apresenta diferenças no 6º e 8º versos, ele é o 15º poema do 22º capítulo do livro “Parnaso de Além-Túmulo.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.


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