Amigo, atendamos ao apelo da fraternidade.
Abra a própria alma às manifestações generosas para com todos os seres, sem trancar-se na torre de falsas situações, à frente do mundo.
A pretexto de viver com dignidade, não caminhe indiferente ao passo dos outros.
Busque relacionar-se com as pessoas de todos os níveis sociais, erguendo amigos além das fronteiras do lar, da fé religiosa e da profissão.
Evite a circunspeção constante e a tristeza sistemática que geram a frieza e sufocam a simpatia.
Não menospreze a pessoa mal vestida nem a pessoa bem posta.
Não crie exceções na gentileza, para com o companheiro menos experiente ou menos educado, nem humilhe aquele que atenta contra a gramática.
Não deixe [correr] meses, sem visitar e falar aos irmãos menos favorecidos, como quem lhes ignora os sofrimentos.
Não condiciones as relações com os outros ao paletó e à gravata, às unhas esmaltadas ou aos sapatos brilhantes, que possam mostrar.
Não se escravize a títulos convencionais nem amplie as exigências da sua posição em sociedade.
Dê atenção a quem lha peça, sem criar empecilhos.
Trave conhecimento com os vizinhos, sem solenidade e sem propósitos de superioridade.
Faça amizades desinteressadamente.
Aceite o favor espontâneo e preste serviço, também sem pensar em remuneração.
Ninguém pode fugir à convivência da Humanidade.
Saiba [pois,] viver com todos, para que o orgulho não lhe solape o equilíbrio.
Quem se encastela na própria personalidade é assim como o poço de água parada, que envenena a si mesmo.
Seja comunicativo.
Sorria à criança.
Cumprimente o velhinho.
Converse com o doente.
Liberte o próprio coração, destruindo as barreiras de conhecimento e fé, título e tradição, vestimenta e classe social, existentes entre você e as criaturas e a felicidade, que você fizer para os outros, será luz da felicidade sempre maior, brilhando em seu caminho.
André Luiz
[1] Esta mensagem, psicografada por Waldo Vieira e não por Francisco Cândido Xavier, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi originalmente publicada em 1961 pela FEB e é a 100ª lição do livro “O Espírito da verdade.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.