A visão não é exclusivamente dos olhos físicos.
Refletir é ver com a consciência.
Imaginar é ver com o sentimento.
Calcular é ver com o raciocínio.
Recordar é ver com a memória.
Por isso mesmo, a visão é propriedade vasta e complexa do Espírito, que se dilata e se enriquece constantemente, à medida que nossos poderes e emoções se [nos] desenvolvem e se aprimoram.
Quem deseje, pois, realizar aquisições psíquicas de clarividência, [com proveito,] nos celeiros da vida, guarde a pureza no coração, a fim de que a pureza, em se exteriorizando através de nossos sentidos, nos regenere o mundo emocional, reajustando o nosso idealismo e equilibrando os nossos desejos na direção do Bem Infinito.
Quem procura o “lado melhor” dos acontecimentos, a “parte mais nobre das pessoas” e a “expressão mais útil das cousas” está conquistando preciosos acréscimos de visão [espiritual].
Enquanto nos confiamos às paixões perturbadoras, tateando nas trevas do egoísmo e do ódio, varando o gelo da indiferença e o enrijecimento espiritual, atravessando o incêndio da incompreensão e do desvario ou vencendo os pântanos do desregramento ou da intemperança, não poderemos senão ver com a carne os problemas inquietantes e dolorosos que à ela se ajustam.
Purifiquemos o Espírito e conseguiremos descobrir os horizontes da nossa gloriosa imortalidade.
Todos enxergam alguma cousa na vida comum, entretanto, raros sabem ver.
Ajustemo-nos aos princípios do Vidente Divino, que soube contemplar as necessidades humanas, com amor e perdão, do Alto da Cruz e, por certo, começaremos, desde agora, a penetrar na claridade sublime de nossa própria ressurreição.
Emmanuel
[1] Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi publicada originalmente em janeiro de 1989 pelo IDE e é a 14ª lição do livro “Indulgência.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.