MENSAGEM
1 Querida mãezinha e meu pai Antônio, abençoem-me para que eu seja sempre feliz.
2 Ainda estou com o cérebro vacilante, ignorando realmente o que sucedeu comigo.
Ajudem-me com as vibrações de amor que nascem do lar.
3 Tamanha é a aflição da mamãe que o meu avô Luiz não hesitou em trazer-me até aqui, a fim de dizer-lhes que estou bem.
Ainda me sinto assim, difícil para escrever como e quanto desejaria.
4 O vovô Luiz me acolheu qual se fora meu próprio pai.
Carinho e proteção, amor e bênção.
5 Tenho poucas lembranças porque estou reabilitando a memória, no entanto, não consigo enfileirar muitas recordações.
6 Sei que fui levado para Ribeirão e depois trazido para casa, onde, apesar dos fatos que me esperavam, não pude me furtar ao sono pesado que me cerrou as pálpebras.
7 Quando despertei, foi aquela cena de hospital com ar puro e recintos muito brancos, doando-me a vida que fora entregue a tratamento em uma clínica especializada.
8 Escutando o choro da mãezinha que me envolveu de todo, senti-me tomado de uma grande tristeza, que somente agora vou tentando apagar.
9 Peço-lhe, querida mamãe, compreender quanto necessito agora de sua paciência e de sua serenidade para que eu fique na paz laboriosa dos que sabem construir.
10 Lembrem-se a senhora e meu pai, da irmãzinha, do João Luís, do José Luís e de todos os nossos que ainda precisam muito de apoio em nossa família.
11 Não fosse o problema da saudade, tudo estaria bem, mas com o remédio das orações chegaremos ao ponto da paz.
Creiam que os ensinamentos de casa funcionaram na hora oportuna.
12 Graças a Deus, as nossas preces e conversações sadias me prepararam muitas consolações para o novo meio em que me vejo.
13 Rogo aos queridos pais me relevarem se não estou escrevendo como desejaria.
14 Sinto-me ainda cansado do tratamento daqui, porque o corpo espiritual exige muitos cuidados no refazimento de nossas forças.
15 Quanto puderem, ajudem meus irmãos a procurarem na verdade as lições de que precisam.
16 Espero voltar em melhores condições para transmitir minhas impressões ao papel com mais segurança.
17 Meu avô Luiz, meu tio Pedro e meu bisavô Pantaléo me adoçam o coração ainda amargurado pelas saudades muitas.
18 Desculpem-me e receba, querida mãezinha Aparecida, com meu pai Antônio, todo o coração do filho sempre reconhecido,
Pedro n
COMENTÁRIOS
Nos instantes em que a dor da separação alcança os corações dos pais pela ausência dos filhos, redundam ao espírito lembranças que só a graça de Deus e preces podem amenizar.
O amor transforma-se em esperança, na procura do elo que desencaixou-se da corrente afetiva formada por Deus.
As frestas se abrem com as preces e permitem a entrada dos raios de luz, amenizando a saudade que chora a ausência de quem partiu.
Pedro Luiz agradece o que aprendeu em casa e, sempre em rogativa, revive a seus pais para que essas lições sejam ministradas a seus irmãos na procura da verdade.
PESSOAS E FATOS
Pedro Luís Pantaléo.
Nascimento: 15.7.1956.
Desencarnação: 5.2.1978.
Pais: Antônio José Pantaléo e Maria Aparecida Bombig Pantaléo. Rua Baia, 859. São Joaquim da Barra - SP.
Irmãos: João Luís e José Luís Pantaléo.
Avô: Luís Bombig, materno.
Bisavô: Pantaléo, desencarnado na Itália há mais de 50 anos.
Tio: Pedro Pantaléo, irmão do bisavô paterno e desencarnado há mais de 50 anos nos Estados Unidos.
Ribeirão: Ribeirão Preto, cidade do Estado de São Paulo.
Rubens S. Germinhasi